PPC 2006

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                    UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO DO CURSO DE PSICOLOGIA

MACEIÓ - 2006

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS, COMUNICAÇÃO E ARTES

Projeto
implementação

elaborado
do

para
Curso

de

Psicologia do Instituto de Ciências
Humanas, Comunicação e Artes da
UFAL, objetivando sua adequação às
Diretrizes Curriculares Nacionais.

Equipe de elaboração: Colegiado do Curso de Psicologia.
Professores Responsáveis:
Adélia Augusta Souto de Oliveira
Charles Elias Lang
Heliane de Almeida Lins Leitão
Henrique Jorge Simões Bezerra
Jefferson de Souza Bernardes
Maria Auxiliadora Teixeira Ribeiro
Maria Nazaré Santos Martins Galindo
Rodrigo Barros Gewehr

MACEIÓ - 2006

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IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

NOME DO CURSO: PSICOLOGIA
TÍTULO OFERTADO: PSICÓLOGO
PORTARIA DE RECONHECIMENTO: O Curso foi reconhecido em 22/03/2000
pela Portaria Nº. 385 em conformidade com o Parecer Nº. 229/2000
da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação.
O seu reconhecimento foi renovado em 07 de junho de 2002 através da
Portaria Nº. 1682 conforme os Pareceres Nº. 1313/2001 e 158/2002
publicados no Diário Oficial da União de 10 de junho de 2002.
TURNO: Matutino
CARGA HORÁRIA: 4.000 horas
DURAÇÃO: Tempo mínimo: 5 (cinco) anos; Tempo máximo: 8 (oito) anos.
Nº. DE VAGAS: 40 vagas anuais.
PERFIL: Um profissional comprometido com a educação integral e a formação do
cidadão, com a promoção da saúde nos diversos níveis de atuação, capaz de
compreender e intervir na estrutura e funcionamento da sociedade, numa
abordagem pluridisciplinar e numa visão histórica, ética e política, bem como
um profissional atento à constituição e estruturação do sujeito psíquico, seus
padecimentos e meios de conquista da saúde. Um profissional atento à
pesquisa e desenvolvimento dos vetores teóricos de que se utiliza na prática
profissional comprometido com a investigação cientifica crítica e com a
produção de um conhecimento capaz de questionar e promover transformações
sociais, bem como o desenvolvimento de sua própria área de saber.
CAMPO DE ATUAÇÃO:
 Organizações

governamentais

e

não-governamentais;

centros

comunitários, empresas e indústrias;
 Instituições educacionais (escolas, universidades, creches, orfanatos,
centros de pesquisas).
 Instituições de saúde (ambulatórios, postos de saúde, clínica e hospitais);
 Institutos de pesquisas.

3

SUMÁRIO

HISTÓRICO DO CURSO
JUSTIFICATIVA

5

7

OBJETIVOS DO CURSO

8

PERFIL DO EGRESSO ...................................................................................10
PERFIL GERAL

10

PERFIL ESPECÍFICO

10

HABILIDADES/COMPETÊNCIAS ...................................................................12
HABILITAÇÕES E ÊNFASES .........................................................................13
MATRIZ CURRICULAR ...................................................................................14
FLUXOGRAMA CURRICULAR

39

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS

40

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO....................................................57
SISTEMA DE AVALIAÇÃO .............................................................................60
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................63

4

INTRODUÇÃO

HISTÓRICO DO CURSO

A idéia inicial de criação do Curso de Psicologia da Universidade Federal de
Alagoas surgiu em 1969, quando o professor Dr. Gilberto de Macedo, em reunião
departamental, encaminhou a primeira proposta de grade curricular para um Curso de
Psicologia. Embora tenha sido aprovada não reuniu os elementos necessários a sua
concretização.
Somente a partir de 1985 com a criação do I Curso de Especialização em
Psicologia Social por um grupo de professores com formação em Psicologia, vinculados
ao Departamento de Ciências Sociais, foi retomada a idéia de criação do Curso de
Psicologia na UFAL e, posteriormente, fortalecida com a realização do II Curso de
Especialização em Psicologia Social (1990). Duas razões principais justificavam a
criação do Curso de Psicologia: (1) oferecer à comunidade alagoana um Curso de
Psicologia em uma universidade pública; (2) formar psicólogos no Estado com uma
orientação psicossocial. As evidências dessas demandas encontram-se registradas no
Projeto Pedagógico do Curso de Psicologia.
Em agosto de 1993, a proposta se concretizou e o Curso estava criado. Encontros
relevantes validaram o Projeto Pedagógico do Curso que foi amplamente discutido com
a comunidade acadêmica e profissionais da Psicologia, no I Fórum sobre a Criação do
Curso de Psicologia na UFAL, em 1996 e, posteriormente, no II Fórum do Curso de
Psicologia, realizado em novembro de 2004. Esse último tinha também o intuito de
sistematizar as discussões a respeito da presente reforma curricular.
Nesse sentido, desde a criação do Curso esteve presente não só a preocupação na
formação de um profissional generalista, como também, voltado à investigação dos
fenômenos sociais e preocupados em responder demandas da realidade alagoana. Dessa
forma, permanecem coerentes e atuais esses princípios, sendo reafirmados na presente
proposta. A maior dificuldade encontrada de materialização dessa intencionalidade se
refere à experiência de pesquisa no Curso, visto que o quadro reduzido de professores
determina a pequena inserção dos alunos na prática investigativa. Entretanto, as
experiências de extensão foram maiores e melhor viabilizadas ao longo do curso.

5

A proposta da criação do Curso de Psicologia se insere e está em consonância
com uma discussão e reflexão que os psicólogos já vinham fazendo nacionalmente e
estão presentes, principalmente nas diretrizes apontadas na Carta de Serra Negra,
elaborada no Encontro Nacional com gestores de cursos de Psicologia e Conselho
Federal de Psicologia, de 31/07 a 02/08 de 1992 na cidade de Serra Negra, São Paulo.
Os princípios expostos na Carta de Serra Negra defendem um
redirecionamento na formação do psicólogo brasileiro no sentido de desenvolver a
consciência política de cidadania e o compromisso com a realidade social e a qualidade
de vida; desenvolver a construção do conhecimento por meio de uma postura crítica,
investigadora e criativa, fomentando a pesquisa num contexto de ação-reflexão-ação,
bem como viabilizando a produção técnico-científica; desenvolver a formação básica
pluralista fundamentada nas discussões epistemológicas, visando à consolidação de
práticas profissionais, conforme a realidade sócio-cultural, adequando o currículo pleno
de agência formadora ao contexto regional. Conhecimento que deve primar pelo senso
crítico a fim de privilegiar também o estudo e o debate sobre os saberes teóricos mais
abrangentes da pesquisa científica, saberes que possibilitem a compreensão da realidade
local.
A formação do psicólogo brasileiro está inserida nas discussões presente nas
produções acerca da História da Psicologia, principalmente nos trabalhos de Pessotti,
(1988); Massimi, (1990); Maluf, (1996; 1999); Antunes, (1999) e da história da
sociedade brasileira. A regulamentação formal dos cursos e da profissão ocorreu em
1962, com a Lei Nº. 4.119, que privilegia as áreas básicas da formação fixadas no
currículo mínimo, sendo adicionadas às disciplinas de conhecimentos práticos das
técnicas de avaliação psicológicas. Esse modelo de formação hegemônica ganhou novo
impulso com a criação do Conselho Federal de Psicologia - CFP e Conselhos Regionais
de Psicologia – CRP, Lei Nº. 5.766, de 20 de dezembro de 1971. Período esse, marcado
pelo autoritarismo político e repressão cultural que permanece até o início dos anos de
1980. É esse contexto histórico que deverá marcar a formação dos profissionais e
pesquisadores brasileiros.
Com a articulação de diversos movimentos sociais e a conseqüente abertura
política, ocorreram diversas iniciativas de transformações sociais. A psicologia inseriuse nesse contexto e repensou criticamente sua formação profissional, por exemplo, o
movimento já citado, o Encontro de Serra Negra em 1992. A preocupação da psicologia

6

orientou-se, a partir daí, para a realidade desigual e injusta da sociedade brasileira em
que a maioria da população encontrava-se excluída de exercer sua cidadania e da
participação na aquisição de bens de consumo.
Algumas publicações do CFP, que resultaram de pesquisas subsidiadas por
esse órgão procuraram, conhecer e traçar um perfil do profissional, de sua formação nas
mais diferentes áreas de atuação e dos problemas enfrentados por ele. As publicações:
"Quem é o psicólogo brasileiro?" (CFP, 1988), "Psicólogo Brasileiro: construção de
novos espaços" (CFP, 1992) e "Psicólogo Brasileiro: práticas emergentes e desafios
para a formação" (Achcar, 1994) retratam a realidade profissional brasileira, ao final da
década de 1980 e início da década de 1990. Junto com a Carta de Serra Negra, estes
estudos subsidiam novas reflexões e referendam novas práticas profissionais.
Entretanto, somente em 1996, os currículos começaram a se adequar, para atender as
exigências da - Lei Nº. 9394 (Lei Darcy Ribeiro Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Brasileira) que substitui os currículos mínimos por diretrizes curriculares gerais e dá às
Universidades autonomia para fixar seus currículos.
A partir de então, foram criadas as Comissões de Especialistas, pela Secretaria
de Ensino Superior do Ministério da Educação, que em 1997 e 1998 passaram a
coordenar um amplo debate sobre a formação profissional, o qual culminou com a
elaboração das diretrizes curriculares para os cursos de graduação em psicologia
aprovadas e homologadas na Resolução N º 8, de 7 de maio de 2004.

JUSTIFICATIVA
O colegiado do curso de Psicologia considera fundamental a realização de sua
reforma curricular, focalizada nos seguintes tópicos: adequação dos conteúdos das
disciplinas; distribuição eqüitativa das disciplinas nos diferentes núcleos de formação;
atendimento efetivo às demandas de investigação e intervenção sociais; articulação
vertical e horizontal entre os conteúdos das disciplinas; articulação teoria e prática;
integração ensino-pesquisa-extensão; flexibilidade curricular. Tais princípios são
derivados dos seguintes fatores:
 Atendimento às três avaliações internas do curso ocorridas após sua
implantação, as quais fomentaram várias reflexões que indicam:
insatisfação docente e discente em relação à atualização dos conteúdos

7

programáticos das disciplinas; a necessidade de um maior número de
atividades práticas envolvendo estágios, pesquisa e extensão; a
necessidade de redução nas cargas horárias de algumas disciplinas; entre
outras.
 Atendimento às exigências dos pareceres do MEC para renovação do
reconhecimento do curso: Parecer Final de 11 de janeiro de 2002 –
processo nº. 23000.010971/2001-52 MEC/SESu/DEPES/CGAES, p.27 e
Parecer Final de 26 de setembro de 1999 - processo nº.
23010000907/98-60, p.23 nos quais se recomenda que ―O Projeto
Pedagógico do Curso de Psicologia necessita de significativo
aprimoramento”, ou seja, 1- revisão das ementas, objetivos, conteúdos
programáticos e bibliografia; 2- identificar as atividades acadêmicas
desenvolvidas pelos alunos durante o curso; 3- identificação e
detalhamento da distribuição da carga horária das disciplinas em função
das atividades práticas e teóricas; 4- garantia da formação de
pesquisador; 5- processos psicológicos básicos; 6- revisão da grade
curricular; 7- há sobreposição de conteúdos e 8- aluno de bacharelado
cursa disciplinas de exame e aconselhamento, já no segundo ano que,
deveria ser para a formação e privativo do psicólogo.
 Atendimento aos princípios comuns de formação da graduação da
UFAL-PROGRAD presentes nas Diretrizes para a Política da
Graduação na UFAL para a adequação dos currículos dos cursos:
articulação

entre

teoria

e

prática;

flexibilidade

curricular;

interdisciplinaridade; articulação entre ensino, pesquisa e extensão.

OBJETIVOS DO CURSO

Objetivo Geral
Formar psicólogos com capacidade crítico-reflexiva, fundamentados teórica e
metodologicamente

para

atuarem

em

diferentes

contextos

sócio-culturais,

8

comprometidos com a ética, com a promoção de saúde integral e com o
desenvolvimento do conhecimento psicológico.

Objetivos Específicos
1.

Construir, desenvolver e difundir o conhecimento científico em Psicologia,
de modo a promover a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos na
comunidade.

2.

Aperfeiçoar e elaborar instrumentos teórico-metodológicos que facilitem a
compreensão do ser humano, subsidiando a prática profissional.

3.

Compreender o fenômeno psicológico em suas interfaces com os fenômenos
biológicos, educacionais e sócio-culturais.

4.

Atuar frente a problemas em diferentes contextos atendendo às necessidades
sociais, aos direitos da cidadania e às políticas públicas educativas e de
saúde.

5.

Desenvolver a consciência ética na produção e divulgação da pesquisa, nas
relações intra e interprofissionais e com a população assistida.

6.

Exercer a autonomia, para o aprimoramento e capacitação contínua.

9

PERFIL DO EGRESSO
Perfil Geral
Formação generalista – capacidade de articulação de conhecimentos,
competências e habilidades que levem em consideração a complexidade do que se
conhece por realidade.
Formação científica, crítica e reflexiva – apreensão de uma postura
consciente e responsável quanto à utilização de métodos e técnicas científicas, à
avaliação e à produção de conhecimentos da Psicologia.
Formação interdisciplinar – estabelece a necessidade de interfaces com
outros saberes e profissões para a compreensão dos fenômenos humanos, decorrentes do
reconhecimento das especificidades e limites da prática psicológica.
Formação pluralista - implicando no reconhecimento e na análise
comparativa da diversidade de sistemas psicológicos — fundamentação teórica,
metodológica e epistemológica — garantindo ainda a reflexão sobre os efeitos
particulares das práticas decorrentes de cada uma dessas articulações conceituais.
Autonomia – desenvolvimento da capacidade de busca e uso de
conhecimentos produzidos pela ciência psicológica e por diferentes áreas relacionadas
ao objeto da profissão. Neste sentido, garantindo atualizações e aprendizagens
constantes e de forma autônoma.
Compromisso ético - crítica cuidadosa quanto aos efeitos individuais e
coletivos das intervenções profissionais, da produção de conhecimentos psicológicos e
sua transmissão; e capacidade de pautar a conduta profissional por referenciais legais e
éticos da categoria.
Compromisso político-social - uma formação fundamentada na dimensão
sócio-histórica do homem; voltada para as necessidades da maioria da população e para
a melhoria das condições de vida.

Perfil Específico

Um profissional comprometido com a educação integral e a formação do
cidadão, com a promoção da saúde nos diversos níveis de atuação, capaz de
compreender e intervir na estrutura e funcionamento da sociedade, numa abordagem
pluridisciplinar e numa visão histórica, ética e política, bem como um profissional

10

atento à constituição e estruturação do sujeito psíquico, seus padecimentos e meios de
conquista da saúde. Um profissional atento à pesquisa e desenvolvimento dos vetores
teóricos de que se utiliza na prática profissional, comprometido com a investigação
cientifica crítica e com a produção de um conhecimento capaz de questionar e promover
transformações sociais, bem como o desenvolvimento de sua própria área de saber.

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HABILIDADES/COMPETÊNCIAS
As novas diretrizes curriculares para os cursos de Psicologia no Brasil,
afirmam o seguinte, no que tange às competências1 almejadas ao profissional de
Psicologia:
Art. 8o. – As competências reportam-se a desempenhos e atuações requeridas do
formado em Psicologia, e devem garantir ao profissional um domínio básico de
conhecimentos psicológicos e a capacidade de utilizá-los em diferentes
contextos que demandam a investigação, análise, avaliação, prevenção e atuação
em processos psicológicos e psicossociais, e na promoção da qualidade de vida.
São elas:
a) Analisar o campo de atuação profissional e seus desafios
contemporâneos.
b) Analisar o contexto em que atua profissionalmente em suas dimensões
institucional e organizacional, explicitando a dinâmica das interações entre
os agentes sociais.
c) Identificar e analisar necessidades de natureza psicológica,
diagnosticar, elaborar projetos, planejar e agir de forma coerente com
referenciais teóricos e características da população-alvo.
d) Identificar, definir e formular questões de investigação científica no
campo da Psicologia, vinculando-as a decisões metodológicas quanto à
escolha, coleta, e análise de dados em projetos de pesquisa.
e) Escolher e utilizar instrumentos e procedimentos de coleta de dados em
Psicologia, tendo em vista a sua pertinência.
f) Avaliar problemas humanos de ordem cognitiva, comportamental e
afetiva, em diferentes contextos.
g) Coordenar e manejar processos grupais, considerando as diferenças
individuais e sócio-culturais dos seus membros.
h) Atuar inter e multiprofissionalmente, sempre que a compreensão dos
processos e fenômenos envolvidos assim o recomendar.
i) Relacionar-se com o outro de modo a propiciar o desenvolvimento de
vínculos interpessoais requeridos na sua atuação profissional.
j) Atuar profissionalmente, em diferentes níveis de ação, de caráter
preventivo ou terapêutico, considerando as características das situações e
dos problemas específicos com os quais se depara.
k) Realizar orientação, aconselhamento psicológico e psicoterapia;
l) Elaborar relatos científicos, pareceres técnicos, laudos e outras
comunicações profissionais, inclusive materiais de divulgação.
m) Apresentar trabalho e discutir idéias em público.
n) Saber buscar e usar o conhecimento científico necessário à atuação
profissional, assim como gerar conhecimento a partir da prática
profissional.

1

Cf. Resolução N º 8, de 7 de maio de 2004

12

HABILITAÇÕES E ÊNFASES

As Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Psicologia
─ CNE/CES, Resolução N º 8, de 7 de maio de 2004 ─ contemplam uma formação
ampla do psicólogo e definem eixos estruturantes que garantem ―a congruência dos
cursos e devem explicitar seus pressupostos e fundamentos epistemológicos e
históricos, teórico-metodológico, de procedimentos, interfaces e práticas bem como
garantir a assimilação de conhecimentos já sedimentados no campo da Psicologia‖.
(p.2). Além disso, as diretrizes visam promover a identidade nacional dos cursos de
Psicologia, o que se faz garantir pelo núcleo comum, (arts. 6 e 7, p. 8), ou seja,
conjunto de competências básicas que garantam ―o domínio de conhecimento
psicológicos e a capacidade de utilizá-los em diferentes contextos que demandam a
investigação, análise, avaliação, prevenção e intervenção em processos psicológicos‖.
(p.2)
Atendendo às Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em
Psicologia, o curso deve contemplar, ao menos, duas ênfases curriculares para a
integralização dos perfis formativos: geral e específicos (art. 11,§ 3º.,p. 9).
Compreende-se Ênfase Curricular como ―ênfases amplas e abrangentes‖,
respeitando as singularidades institucionais, a formação dos professores que compõem o
curso da UFAL, as vocações e demandas específicas advindas da comunidade em geral,
e da acadêmica em especial, e articuladas aos contextos regionais. As ênfases não
podem configurar terminalidades em si mesmas, visto que caracterizariam
especializações precocemente estabelecidas para a graduação em psicologia, segundo
proposta de abertura do Parecer 0062/2004, Art. 12 §1º.2.
Dessa forma, o curso de Psicologia da UFAL oferece duas ênfases e os alunos
possuem a oportunidade de optar por uma delas, integralizando sua formação de acordo
com o perfil desejado.

.

13

MATRIZ CURRICULAR

Japiassu (1981) insiste que um saber científico define-se por uma problemática
que lhe seja própria, e por um campo específico de exploração. Afirma, também, que
esses dois elementos não são facilmente definíveis no campo das Ciências Humanas e,
por conseguinte, na Psicologia. No que tange especificamente à Psicologia, o autor
acrescenta que é preciso um esforço muito grande de construções de modelos teóricos
que gradativamente dêem conta de definir e circunscrever o campo específico das
explicações psicológicas,

e isto para que, no domínio dessa disciplina, a teoria deixe de ser uma
questão de estratégia, para converter-se num modelo explicativo, vale dizer,
num sistema lógico que, longe de construir um simples reflexo dos fatos ou
um mero edifício arbitrário da razão, torne capaz de extrair sua força da
confirmação que lhe conferem, tanto a ausência de desmentido dos fatos,
quanto sua conformidade com o resto do saber científico (JAPIASSÚ, 1981,
p.154-155).

Tendo isso em vista, faz-se necessário primar por uma Psicologia Crítica, que
não deixe de lado o estudo aprofundado dos modelos teóricos já construídos, mas que
seja capaz também de criticá-los, de encontrar seus méritos e suas limitações. Por outro
lado, uma Psicologia crítica é também capaz de aderir e aprofundar-se nos movimentos
emergentes, mas sem perder o viés da autocrítica ao que se está construindo, haja vista a
incrível facilidade com que o instituinte se institucionaliza e cristaliza-se em novas
formas rígidas de saber.
A busca por um conhecimento abrangente acerca da psique humana precisa
considerar as generalizações científicas, sejam elas de ordem empírica, teórica e
concernentes ao próprio fenômeno psicológico. Essas possibilidades de construção
teórica se imiscuem e mostram quanto é complexa a construção de um saber
psicológico. E não apenas por isso! Ocorre que um conhecimento abrangente da psique
humana não pode descuidar, também, o fato notório de que a psique se constitui no e
com e através do meio social que acolhe o sujeito, tanto micro quanto
macrocontextualmente, podendo esse movimento ser remetido inclusive à filogênese.

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Ente e essência, número e fenômeno, idiossincrasias e estrutura,
universalidade e particularidade, generalidade e regionalidade... podemos desfiar um rol
imenso de termos que remetem a um fato de base: nenhum saber, tanto menos a
Psicologia, se constitui sem um embate entre a universalidade do que procura,
assinalada por Paul Ricoeur (apud JAPIASSU, 1981), e as limitações do que enxerga;
entre seu afã de falar uma palavra válida para todos e a saudável circunscrição do que
dizemos a um determinado campo cultural.
Essa tensão – que só não é produtiva quando um determinado discurso quer
prevalecer e se converte em dogmatismo – assinala o quanto à produção de
conhecimentos científicos é um movimento incessante e pleno de controvérsias. Isso
nos remete, também, ao quanto uma construção de saber responsável exige que
mergulhemos em interrogações epistemológicas e até mesmo ontológicas. Na Psicologia
esse debate é fundamental e exige que interroguemos as concepções de ciência, de
conhecimento, de realidade, de sujeito e, a mais esquecida de todas, de Psique.
A crítica, como lócus da desmistificação, deve perpassar o novo e o velho, o
instituinte e o instituído. Esse movimento serve como base para um saber que se renova
sem perder suas raízes, sem renegar sua história. Tal forma de compreensão pode servir
como um marco teórico amplo, que se estende por todas as áreas específicas da
Psicologia e lhes serve como um vetor geral na abordagem dos temas, na construção do
conhecimento e no desvelamento dos saberes.
A história da Psicologia mostra com inúmeros exemplos como as escolas
teóricas, mais do que se sucedendo, foram se superpondo e, em alguns casos, se
complementando. Essa mesma história nos mostra teorias que se contrapõem no que diz
respeito à visão de Homem e de Mundo que sustentam. Todavia – e aqui um dos
aspectos epistemológicos da Psicologia – a nenhuma escola teórica se pode dar a chave
dos conhecimentos sobre a Psique humana, e nenhuma escola teórica pode afirmar que
tenha superado ou demonstrado que sua vizinha esteja cabalmente equivocada. Ainda
num olhar histórico, vemos teorias que tenderam mais ao dogmatismo e outras com uma
inspiração crítica, mas nessa polarização faz da crítica uma crítica também dogmática,
perdendo assim seu potencial de desmistificação.
Isso se dá tanto pela precariedade na definição do objeto de estudo da
Psicologia (e, em conseqüência, de seus métodos e corpos teóricos), quanto pela falta de
diálogo interdisciplinar. A Psicologia, na esteira de um movimento que arrasta os mais
15

variados campos científicos, tende a criar ―feudos epistemológicos‖ ao invés de colocar
suas teorias num embate construtivo, a fim de se buscar um saber mais integrado acerca
do fenômeno humano. Lutar contra tais entraves é algo que uma Psicologia pautada pela
crítica pode almejar.
Partindo desta perspectiva, a metodologia e os caminhos metodológicos são
todos guiados pela recuperação, aperfeiçoamento e criação de procedimentos a partir
dos modelos e técnicas utilizados no campo psicológico. Um olhar crítico sobre a
metodologia permite que, com base em princípios gerais do método, os procedimentos
metodológicos sejam revistos e adaptados aos contextos nos quais são aplicados e, mais
além, permite que sejam compostos novos métodos, tendo em vista o avanço da
pesquisa psicológica e as demandas que se inauguram a partir do momento em que a
Psicologia ganha novos espaços sociais de reflexão e intervenção.
Essa proposta teórica e metodológica visa promover a interdisciplinaridade
para a nova matriz curricular. A integralidade entre as disciplinas, nos eixos vertical e
horizontal da matriz curricular é buscada não apenas nos encadeamentos das ementas e
conteúdos programáticos das disciplinas, mas também na problematização e discussão
das diferentes bases epistemológicas utilizadas na Psicologia. Este caminho pode nos
permitir aprofundar e/ou ir além das lógicas e usos instrumentais dos saberes produzidos
na e pela Psicologia.
A matriz curricular do Curso de Psicologia é constituída pelo núcleo comum,
eixos estruturantes e pelas ênfases curriculares. O primeiro, Núcleo Comum, está
direcionado para estabelecer conhecimentos, competências e habilidades comuns aos
demais cursos de psicologia do país, da região e/ou da localidade. Como o próprio nome
já diz ―comum‖, ou seja, aquilo que é compartilhado por uma comunidade. As diretrizes
curriculares deixam isso claro quando estabelecem em seu artigo 7º que: ―O núcleo
comum da formação em Psicologia estabelece uma base homogênea para a formação no
País e uma capacitação básica para lidar com os conteúdos da Psicologia, enquanto
campo de conhecimento e de atuação‖. Enquanto não há estudos e encontros definindo
o Núcleo Comum no país ou no Estado de Alagoas, orientamo-nos por definir Núcleo
Comum por um conjunto básico de conhecimentos, competências e habilidades que,
historicamente, sempre compuseram os cursos de psicologia. Compõem o Núcleo
Comum de formação, todas as disciplinas e atividades, compartilhadas pelos alunos, que
estabelecem um conjunto de conhecimentos, competências e habilidades básicas para

16

contemplar o perfil profissional geral. Ou seja, todas as disciplinas que não fazem parte
das ênfases curriculares.
Já os Eixos Estruturantes, devem estar articulados à matriz curricular da
seguinte forma (de acordo com o artigo 5 º da Resolução N º 8 de 7 de maio de 2004):
a) Fundamentos epistemológicos e históricos;
b) Fundamentos teórico-metodológicos;
c) Procedimentos para a investigação científica e a prática profissional;
d) Fenômenos e processos psicológicos;
e) Interfaces com campos afins do conhecimento;
f) Práticas Profissionais.
As disciplinas do Curso foram distribuídas por eixos a partir dos conteúdos de
suas ementas como consta no quadro I.
Para o ordenamento curricular do Curso considerou-se algum dos tópicos
abordados na justificativa do Projeto Político-Pedagógico do Curso, a saber:
 Adequação dos conteúdos das disciplinas ofertadas em cada período;
 Articulação vertical e horizontal entre os conteúdos das disciplinas;
 Articulação teoria e prática;
 Integração ensino-pesquisa-extensão;
 Flexibilidade curricular;
Com o fim de tornar possível todo o perfil esperado da formação de psicólogo,
propõe-se uma organização curricular fundamentada numa matriz que compreende os
seguintes aspectos: fundamentação teórico-crítica; aspectos metodológicos e de
pesquisa; intervenções e práticas, os quais serão desdobrados em disciplinas, estágios,
extensão e pesquisa.
Esse tripé de formação visa favorecer o diálogo fundamental entre teoria e
prática, e permitir a construção de um saber que seja, tanto quanto possível, atento às
categorias chaves da ciência psicológica (em suas peculiaridades, dependendo da linha
teórica), sem esquecer as especificidades do público a que se destina, seja nas
comunidades, na clínica, nas empresas, nos hospitais, nas escolas ou em qualquer outra
instituição que seja área de atuação do psicólogo. Esse diálogo também se destina a
favorecer a construção de saberes a partir da prática.
O fenômeno humano não pode ser apreendido por um único saber. Ceccarelli
(2003), por exemplo, ao afirmar a necessidade de um diálogo interdisciplinar no campo

17

Quadro I: Caracterização das Ementas das Disciplinas de acordo com os Eixos Estruturantes
Eixos Estruturantes

Fundamentos
Epistemológicos e
Históricos

Caracterização
Trata-se de eixo que permite ao
formando o conhecimento das
bases epistemológicas presentes
na construção do saber
psicológico, desenvolvendo a
capacidade para avaliar
criticamente as linhas de
pensamento em Psicologia.

Disciplinas
Psicologia: Ciência e
Profissão

Teorias e Sistemas
Psicológicos I
Teorias e Sistemas
Psicológicos II
Metodologia Científica
Metodologia da Pesquisa
Psicológica

Fundamentos
TeóricoMetodológicos

Garantem a apropriação crítica
do conhecimento disponível,
assegurando uma visão
abrangente dos diferentes
métodos e estratégias de
produção do conhecimento
científico em Psicologia.

Teorias do Sujeito I
Psicologia Social I

Ementa
Relações entre Psicologia e Filosofia. Concepções teóricas e metodológicas
predominantes nos princípios da Psicologia científica. Objeto de estudo da
Psicologia. O desenvolvimento da psicologia científica. Condições de
emergência das diferentes escolas teóricas. Principais áreas de atuação do
psicólogo.
A constituição da psicologia como ciência autônoma. Os primeiros sistemas
teóricos da Psicologia: o associacionismo, o estruturalismo, o funcionalismo. A
Völkerpsychologie de Wundt. A Gestalt.
Panorama descritivo dos objetos, métodos, conceitos e aplicações da Psicologia
de acordo com as diversas teorias psicológicas contemporâneas.
Conceituação de método, técnica e pesquisa. Tipos de pesquisa. Planejamento de
pesquisas. Normas técnicas para elaboração e apresentação de trabalhos
científicos. Informática aplicada à metodologia científica.
Produção de conhecimento científico em Psicologia e suas implicações
epistemológicas, filosóficas e sociais. Introdução aos métodos quantitativos e
qualitativos de pesquisa empírica e suas divergências. Níveis e modalidades de
pesquisa. Ética na pesquisa com seres humanos.
O conceito de Personalidade. A constituição do sujeito psíquico. Introdução às
teorias da Personalidade. A Teoria do Sujeito na concepção psicanalítica. A
Teoria do Sujeito na concepção da Psicologia Analítica.
A construção da Psicologia Social enquanto disciplina e seus fundamentos
teóricos e epistemológicos.

Teorias do Sujeito II

As teorias culturalistas de base analítica. A visão cognitivo-comportamental. A
visão fenomenológico-existencial. A Teoria do Sujeito no Construtivismo.

Psicologia Social II

A crise da Psicologia
contemporaneidade.

Psicopatologia I

O que é pathos. Normal versus patológico. A Psicopatologia e as Funções do
Eu. Introdução às distintas psicopatologias: geral, ―nosográfica‖ e fundamental.

e

as

implicações

teórico-metodológicas

na

Psicologia
Educacional I

Escolar/ Campo e conceituação da Psicologia Escolar/Educacional. Área de atuação e a
função do psicólogo escolar/educacional. Principais teorias da psicologia
escolar/educacional.

Teorias
e
Técnicas As diversas abordagens de psicoterapia. Semelhanças e diferenças entre as
técnicas psicoterápicas. Relação terapêutica e intervenção nos vários
Psicoterápicas I
Ética Profissional
Processos de Avaliação
Psicológicos I
A Entrevista em
Psicologia
Psicologia Clínica
Procedimentos para
a Investigação
Científica e a Prática
Profissional

Garantem tanto o domínio de
instrumentos e estratégias de
avaliação e de intervenção,
quanto à competência para
selecioná-los, avaliá-los e
adequá-los a problemas e
contextos específicos de
investigação e ação profissional.

procedimentos psicoterápicos.
O conceito de Ética. Conhecimento das leis e normas que regem a Psicologia.
Implicações éticas da ação do psicólogo.
Estudos de métodos e técnicas de avaliação psicológica. Histórico dos testes
psicológicos, conceitos básicos, requisitos científicos, tipos e características.
Testes psicométricos e testes projetivos. O processo de avaliação psicológica.
Entrevista psicológica: tipos, técnicas e manejos. O manejo da entrevista nas
diferentes fases do desenvolvimento e nos diferentes âmbitos de trabalho do
Psicólogo.
Conceituação e campos de aplicação da psicologia clínica. O psicólogo clínico
enquanto pesquisador. Metodologia de pesquisa em psicologia clínica. O método
clínico de investigação.
Atividade prática de pesquisa em Psicologia Social. Processo de construção de
um projeto de pesquisa.

Pesquisa em Psicologia
Social
Dinâmica de Grupo e Princípios norteadores da coordenação de grupos de acordo com os pressupostos
teóricos psicossociológicos, psicanalíticos e psicodramáticos.
Relações Humanas II
Estudo pormenorizado de um conjunto de testes psicológicos psicométricos e
Psicodiagnóstico I

projetivos, visando sua utilização prática. Princípios éticos da avaliação
psicológica.
A Psicologia Escolar/Educacional no Brasil e no Nordeste a partir de
referenciais críticos e reflexivos que problematizam a atuação e o papel social
deste campo.
A pesquisa e a intervenção em Psicologia Escolar/Educacional. Atuação inter e
multidisciplinar.

Psicologia Escolar/
Educacional II

Pesquisa em Psicologia
Escolar/ Educacional
Os diferentes tipos entrevista e suas aplicações práticas. Exercícios práticos de
Psicodiagnóstico II
Psicologia
Organizacional

e

do

entrevista nos diferentes campos de atuação.
A prática da psicologia dentro da organização; metodologia e instrumentos
intervenção; a organização como campo para pesquisa e de construção de uma

19

prática do psicólogo.

Trabalho II

Teorias
e
Técnicas A entrevista como técnica psicoterápica. O processo diagnóstico e
encaminhamentos. Planejamento e metas terapêuticas. Atividades práticas na
Psicoterápicas II
clínica psicológica.
Promoção da saúde e prevenção nas escolas e instituições educacionais.
Educação, psicologia, promoção da saúde, prevenção e cidadania.

Psicologia
Escolar/
Educacional e Saúde
O conceito de prevenção e psico-higiene; a prática do psicólogo no contexto
Psicologia Hospitalar
Processos
Básicos I

FENÔMENOS E
PROCESSOS
PSICOLÓGICOS

Psicológicos

Psicologia
Desenvolvimento I

do

Psicologia
Desenvolvimento II
Constituem objeto de
Psicologia
investigação e atuação no
domínio da Psicologia, de forma Aprendizagem

do

a propiciar amplo conhecimento
de suas características, questões
conceituais e modelos
explicativos construídos no
campo, assim como seu
desenvolvimento recente.

hospitalar e a partir da compreensão do processo saúde-doença.
As primeiras experimentações em Psicologia. Noções sobre a prática do método
experimental. Execução do método e elaboração do relato de experiência
científica. As variáveis envolvidas num processo experimental. Sobre o controle
das variáveis. Experimentação e processos básicos do comportamento humano.
Abordagem das principais teorias que norteiam a Psicologia do
Desenvolvimento. Aspectos relativos ao processo de desenvolvimento humano
na Infância.
Abordagem das principais teorias sobre o processo da Adolescência. Abordagem
de temas contemporâneos associados à adultez e a velhice.

da Conceitos de aprendizagem humana. Perspectivas inatista-maturacionista,

empirista-associacionista e interacionista. Teorias comportamentalista, inatista,
interacionista, sócio-histórica e psicanalítica.

Dinâmica de Grupo e
Relações Humanas I

Identificação das principais concepções sobre o desenvolvimento grupal –
dinâmica de grupo, psicanálise, psicossociologia e psicodrama – quanto à
estrutura, organização, dinâmica e processo grupal.

Psicopatologia II

Neurose. Psicose. Perversão. Os principais agrupamentos nosográficos da
psiquiatria contemporânea Etiologia versus nosografia; a questão do diagnóstico.

Psicologia
Organizacional e do
Trabalho I

Compreensão de organização como sistema social, técnico, ideológico; gênese
das relações de poder, dilemas e contradições no ambiente organizacional;
políticas organizacionais como instrumentos de mediação da organização;
relações de trabalho e a subjetividade.
A conceituação de crime. A história das idéias sobre crime e criminalidade.
Análise das teorias criminológicas. A história das prisões e o universo das
instituições totais. A mudança de paradigma pela nova legislação brasileira

Psicologia Jurídica

20

Sociologia

Antropologia Cultural

INTERFACES
COM CAMPOS
AFINS DE
CONHECIMENTOS

PRÁTICAS
PROFISSIONAIS

Demarcam a natureza e a
especificidade do fenômeno
psicológico e o articula com
fenômenos biológicos, humanos
e sociais, assegurando uma
compreensão integral e
contextualizada dos fenômenos
e processos psicológicos.

Orientadas para assegurar um
núcleo básico de competências
que permitam a atuação
profissional e a inserção do
graduado em diferentes
contextos institucionais e
sociais, de forma articulada com
profissionais de áreas afins.

Filosofia

sobre jovem com prática de delitos.
Elementos de análise sociológica: modos de produção, relações de produção,
formação econômico-social, estrutura social, classes sociais. Instituições e
mudanças sociais. Caracterização da sociedade brasileira e sua evolução
histórica.
Formação e desenvolvimento da Antropologia. Objeto, métodos e técnicas da
pesquisa antropológica. Indivíduo, cultura e sociedade. Família e relações de
Parentesco. Mitos. Religião.
As formas de saber. Surgimento do conhecimento científico. Classificação das
ciências. Pressupostos do conhecimento científico: materialismo, racionalismo,
empirismo, causalidade... Sobre a noção de certeza. O lugar da ciência na
sociedade contemporânea.
Compreensão dos fenômenos psíquicos sob a ótica da neurologia. Sistema
nervoso: classificação, estrutura e funções. Relações entre as áreas cerebrais e as
funções intelectuais.

Bases
Biológicas
do
Comportamento
Humano I
Estatística Aplicada à Considerações gerais. Estatística indutiva e dedutiva. População e amostra.
Fases do trabalho estatístico. Séries estatísticas. Distribuição de freqüência.
Psicologia
Bases Biológicas do
Comportamento
Humano II
Estágio Básico I
Estágio Básico II
Estágio Específico I e II

Apresentação gráfica. Medidas de posição. Medidas de dispersão. Medidas de
assimetria e curtose. Noções de probabilidade. Regressão e correlação linear.
Bases morfológicas da atividade emocional. Quadros clínicos. Avaliação
neurológica.

Características do campo específico de psicologia aplicada. Observação de
atividades de intervenção psicológica.
Investigação e diagnóstico de situações no campo. Apreciação crítica das
atividades de intervenção e das teorias e técnicas que as fundamentam.
Planejamento de estratégias de intervenção.
Trabalhos de intervenção na realidade, nas áreas específicas escolhidas pelo
aluno.

21

da psicopatologia, acrescenta que o fenômeno psíquico não é redutível a uma única
forma discursiva. Isso pode ser aplicado à Psicologia como um todo e à ciência em
geral. O diálogo entre os saberes é, por conseguinte, fundamental; e está na base da
matriz curricular pensada para o curso.
Como já ressaltado, o Curso guia-se por duas ênfases que formam o eixo
norteador do curso e todas as disciplinas estão voltadas para atender um e/ou outro
desses vetores. No início do curso, as disciplinas pertencem ao chamado Núcleo
Comum, ou seja, compõem a base de sustentação teórica das ênfases e a experiência de
estágio no nível básico. Outras disciplinas do Núcleo Comum, como as de Psicologia
Social, Psicologia Escolar/Educacional e Psicodiagnóstico, por exemplo, estendem-se
ao longo do curso. Constitui-se Núcleo Comum o conjunto de conhecimento que está
consolidado na formação do psicólogo e mantém unidade com os outros cursos do país.
As ênfases se apresentam, por meio da articulação entre os Tópicos Especiais, as
disciplinas obrigatórias, as disciplinas eletivas e o Estágio Específico. O aluno deve,
preferencialmente, optar por uma das ênfases. Caso decida realizar as duas ênfases,
deve buscar orientações com a Coordenação do Curso.
Os Tópicos Especiais3 serão ofertados ao longo do curso e deverão tratar de
temáticas específicas que tangenciam a psicologia nas ênfases e que sejam de interesse
docente e discente.
É importante ressaltar que as disciplinas eletivas e os Tópicos Especiais serão
ofertadas de acordo com a demanda e com a possibilidade do Colegiado. Deverão estar
articuladas com os temas desenvolvidos nos núcleos de pesquisa e de extensão. Estarão
de acordo com as Normas Complementares do Colegiado do Curso.
Cabe frisar, ainda, que todas as disciplinas, sejam elas do Núcleo Comum, ou
específicas de cada ênfase têm como foco central à atenção ao marco teórico e
metodológico proposto para o curso, ou seja, o foco numa Psicologia Crítica; bem como
o cuidado com uma ação que seja, tanto quanto possível, interdisciplinar. Além disso, a

3

Por exemplo, os Tópicos Especiais em Intervenção pode oferecer uma proposta para o estudo do
desenvolvimento da Psicologia Comunitária como teoria e intervenção da Psicologia Social. Aspectos
históricos, categorias de análise e níveis de intervenção psicossociais. Atividades práticas em Psicologia
Social. Processo de construção de um projeto de intervenção psicossocial e atividades práticas iniciais
subsidiadas por referenciais teórico-metodológicos da área de conhecimento .

Ética, que está contemplada como disciplina no segundo semestre, é tida como tema
transversal, devendo ser abordada em todas as disciplinas do curso.
A investigação científica constitui foco central no curso, e estará presente,
desde o Núcleo Comum, em disciplinas que servirão para situar o aluno na ciência
psicológica, em seu histórico e seus desdobramentos. Pensar e praticar pesquisa será
uma meta constante nos diversos campos da Psicologia. É dessa forma que teremos a
pesquisa presente nas disciplinas de Psicologia Social, bem como nas disciplinas de
Clínica, de Organizacional e de Psicologia Escolar.
O foco em pesquisa também primará por diálogos intra e interdisciplinar. Intra,
pois possibilitará as distintas áreas de conhecimento da psicologia interagirem entre si,
por meio dos conhecimentos produzidos ou em produção. É por meio desse diálogo que
se abordarão as metodologias e as técnicas específicas de cada área da Psicologia. Inter,
pois possibilitará a abertura desse diálogo com outras áreas de conhecimento, por
exemplo, a sociologia, a antropologia, a biologia, a estatística, dentre outras.

O diálogo entre as disciplinas está pensado da seguinte maneira:
Os dois primeiros semestres do curso têm como objetivo principal apresentar a
interdisciplinaridade presente na Psicologia e as raízes epistemológicas da ciência
psicológica. Fazem parte desses dois períodos as disciplinas que compõem o núcleo
comum. Para tanto, as disciplinas introdutórias deverão iniciar o aluno no campo de
conhecimento teórico-metodológico específico correspondente a cada disciplina e a sua
relação com a Psicologia, pois é fundamental para uma compreensão mais apurada da
ciência psicológica, o estudo de sua constituição histórica e das influências que outras
disciplinas tiveram na sua construção e consolidação. Além disso, se explorarmos um
pouco, por exemplo, as concepções teóricas de Raquel Soifer, veremos que mesmo num
viés eminentemente clínico, jamais se abre mão da interlocução entre os campos clínico
e social: ―A cultura familiar sofre de vários modos a influência das características
relevantes da cultura da sociedade à qual pertence. (...) guarda também estreita relação
com as possibilidades econômicas e de aquisição de conhecimentos que essa sociedade
oferece‖ (SOIFER, 1992, p.152).
As produções sociológicas, a metodologia antropológica, os fundamentos
filosóficos da ciência, a Ética, os fundamentos biológicos, dentre outras, são disciplinas
básicas para a compreensão da Psicologia como área de conhecimento e de atuação.
Tais disciplinas estão presentes como contraponto e complemento das disciplinas de
23

Psicologia: Ciência e Profissão e Teorias e Sistemas Psicológicos I, haja vista
tangenciarem o campo psi e, em grande medida, formarem a base de sua constituição.
A disciplina Filosofia destaca o surgimento e a produção do conhecimento
científico e, para evitar uma possível sobreposição de conteúdos com a disciplina de
Metodologia Científica, enquanto esta trabalha os diferentes métodos e a história das
vertentes científicas, aquela explora o fundamento filosófico das diversas ciências e os
pressupostos do pensamento científico: materialismo, racionalismo, empirismo,
causalidade, a noção de certeza, o lugar da ciência na sociedade contemporânea.
Nessa perspectiva as disciplinas Antropologia Cultural e Sociologia discutem
o conceito de cultura, o surgimento das sociedades, a divisão social e sexual do
trabalho, relações de gênero, os meios de comunicação de massa, religião e produção de
conhecimento; de modo a priorizar as abordagens antropológica e sociológica em tais
questões, sem desconsiderar as teorias específicas de cada área. Esta abordagem através
de temas tem por objetivo estudar sob a ótica da Sociologia e da Antropologia, assuntos
que depois serão desenvolvidos nas disciplinas específicas do curso. Tais temáticas
perpassam também os estudos em Psicologia, e tendo em vista o interesse
interdisciplinar do curso, faz-se importante abordá-las sob olhares distintos, olhares que
muitas vezes fundamentam e/ou complementam as pesquisas psicológicas.
A disciplina Psicologia: Ciência e Profissão deve priorizar a articulação entre a
Psicologia e os outros campos de conhecimento. A introdução ao estudo da Ciência
Psicológica compreende uma abordagem de aspectos históricos e filosóficos do
surgimento da ciência psicológica; de concepções teóricas e metodológicas que
caracterizaram o início da Psicologia como conhecimento reconhecidamente científico;
dos métodos utilizados na investigação psicológica; seu objeto de estudo e principais
áreas de atuação dos psicólogos.
Teorias e Sistemas I deverá apresentar as raízes epistemológicas da Psicologia
e relacioná-las às matrizes do pensamento psicológico. A disciplina de Metodologia
Científica destaca o conhecimento como construção científica e desperta atitude
investigativa no aluno.
A disciplina Processos Psicológicos Básicos I deverá abordar as diferentes
origens da psicologia e conceituação dos grandes processos psíquicos bem como as
diferentes psicologias e o fato psicológico fundamental à raiz de sua constituição. Já

24

Processos Psicológicos Básicos II deverá abordar o desenvolvimento das pesquisas
desde os estudos de laboratório até a virada lingüística.
A Disciplina Metodologia da Pesquisa Psicológica, sedimentada nos
conhecimentos obtidos nas disciplinas, Filosofia, Metodologia Científica, Psicologia:
Ciência e Profissão e Estatística, fornece os conhecimentos básicos necessários à
elaboração de projetos de pesquisas, identificação, definição e formulação de questões
de investigação científica no campo da psicologia, vinculando-as às decisões de
escolhas metodológicas mais adequadas ao objeto de estudo e ao tipo de pesquisa. Além
disso, sem se distanciar dos princípios éticos do Código de Ética Profissional do
Psicólogo e da Resolução do CFP nº. 016/2000 de 27 de agosto de 2005 que dispõem
sobre realização de pesquisa em Psicologia com seres humanos, a disciplina
Metodologia da Pesquisa Psicológica discute as responsabilidades éticas do aprendiz e
do pesquisador, desde o planejamento da pesquisa até a divulgação dos resultados.
Dessa forma, a disciplina Metodologia da Pesquisa Psicológica fornecerá os
elementos básicos necessários à prática de pesquisa em psicologia.
Os terceiro e quarto semestres objetivam o aprofundamento das teorias
psicológicas. Paralelamente exercitar esse estudo por meio de atividades práticas,
abarcando a generalidade do conhecimento proposta.
No terceiro semestre, a disciplina Teorias do Sujeito I emerge como seqüência
e conseqüência da disciplina Teorias e Sistemas psicológicos I, além de compartilhar e
trabalhar concomitantemente com as disciplinas Teorias e Sistemas Psicológicos II e
Psicologia do Desenvolvimento I. Estas disciplinas estão intimamente ligadas, tendo em
vista o fato de tratarem, cada uma no seu enfoque específico, da constituição,
estruturação e funcionamento do sujeito psíquico.
A Disciplina Teorias e Sistemas Psicológicos objetiva proporcionar aos alunos
uma visão não só da história da psicologia, como também seu desenvolvimento e as
situações sociais e históricas que geraram os problemas que construíram as diversas
teorias em psicologia. Os conteúdos ministrados na disciplina vão ser utilizados na
intervenção clínica, social, comunitária, organizacional e forense, pois as teorias e as
técnicas apreendidas durante o período da formação básica é que vão proporcionar
subsídios necessários ao fazer psicológico e à compreensão do fenômeno psíquico.
As disciplinas Psicologia do Desenvolvimento I e II também compõem o
Núcleo Comum do curso de Psicologia e pretendem abordar os conhecimentos acerca

25

do desenvolvimento humano, desde a concepção até a adolescência, contemplando o
desenvolvimento físico, emocional, cognitivo, social e moral, possibilitarão um futuro
aprofundamento de diversos temas voltados para a compreensão do ser em
desenvolvimento, em diferentes contextos (famílias, creches, hospitais, escolas, etc.) e
servirão de base para outras disciplinas do curso (Teorias e Técnicas Psicoterápicas,
Psicologia Escolar/Educacional, etc.), além de ampliar a possibilidade de pesquisas e
atividades de extensão ao longo do curso. Serão apresentadas as teorias do
desenvolvimento e as discussões decorrentes.
Considerando ainda a importância e a intrínseca relação entre a teoria e a
prática, as disciplinas Psicologia do Desenvolvimento I e II vêm abrindo espaços
acadêmicos, contemplando atividades de extensão4 e assim viabilizando um campo para
o Estágio Básico.
De acordo com as diretrizes nacionais, o Estágio Básico deve incluir o
desenvolvimento de práticas integrativas das competências e habilidades previstas no
núcleo comum.
O Estágio Básico do curso se constituirá em duas disciplinas, Estágio Básico I
e Estágio Básico II, no terceiro e quarto períodos, respectivamente, com 60 horas cada,
as quais proporcionarão oportunidades de práticas supervisionadas com complexidade
crescente. Serão realizadas atividades articuladas entre as diversas áreas da Psicologia.
Haverá um supervisor do Estágio Básico para cada nível (I e II), e as atividades
desenvolvidas estarão sob a orientação dos professores diretamente ligados à situação
de prática envolvida junto aos projetos de extensão, Serviço de Psicologia Aplicada,
entre outros.
Estas disciplinas do Núcleo Comum são abrangentes no sentido de servirem
como base de sustentação direta para as disciplinas de Psicopatologia e de
Psicodiagnóstico; além das disciplinas Psicologia do Desenvolvimento II e Teorias do
Sujeito II. Também contribuem indiretamente para as discussões contidas nas
disciplinas de Processos de Avaliação Psicológica, Teorias e Técnicas Psicoterápicas e,
no geral, para todo o viés de investigação e prática em Psicologia Clínica.
Num sentido mais amplo, juntamente com as disciplinas básicas e as
disciplinas introdutórias estudadas no primeiro e segundo semestres, elas também
contribuem para as disciplina de Psicologia Social I e II, por servirem como contraponto
4

Atividades desenvolvidas com crianças enfermas e mães acompanhantes no HU-UFAL, desde 1994,
vinculadas ao Programa Integrado de Orientação Materno-Infantil – PROEX/UFAL,

26

às análises críticas empreendidas por algumas vertentes da Psicologia Social. Essa
disciplina apresenta o campo de conhecimento em uma perspectiva histórico-social. Por
sua vez a disciplina de Psicologia da Aprendizagem pertence ao núcleo comum e
oferece suporte a diversas disciplinas ao longo do curso, tais como as de Psicologia
Escolar/Educacional e as de Psicologia Organizacional e do Trabalho. Seu objetivo
primordial é desenvolver no aluno uma compreensão da gênese e desenvolvimento dos
processos de aprendizagem humanos, tanto formais quanto informais, nos seus aspectos
instrumentais, cognitivos, afetivos e sociais. Para tal se faz necessária a abordagem dos
quatro principais grupos de teorias psicológicas da aprendizagem, a saber: as teorias
comportamentalistas, inatistas, interacionistas e sócio-históricas.
O quarto semestre segue no aprofundamento do debate acerca da Psique
humana e começa a enfocar mais diretamente o viés Social no olhar da ciência
Psicológica, além de enfatizar as disciplinas de Pesquisa em Psicologia.
As disciplinas de Processos de Avaliação Psicológica e A Entrevista em
Psicologia servem de base para as disciplinas de Psicodiagnóstico I e II e Psicologia
Jurídica; além de contribuir para as disciplinas de Teorias e Técnicas Psicoterápicas, e,
por extensão, ao Estágio Específico, que terá lugar no nono e décimo períodos do
Curso.
A seguir, o quinto e sexto semestres pretendem desenvolver as habilidades e
competências para as áreas de atuação e de pesquisa da Psicologia. Grande parte das
disciplinas atende ao núcleo comum, e iniciam-se as disciplinas específicas. No quinto
semestre, temos a disciplina de Psicopatologia I, que aborda desde a origem da
disciplina às diferentes correntes a partir desta.

A Psicopatologia II possibilita a

identificação de diversas patologias. Ambas servem como base para toda a ênfase nos
processos clínicos do Curso, juntamente com as disciplinas anteriormente referidas e em
concomitância com as disciplinas de Teorias e Técnicas Psicoterápicas. Essas
disciplinas caminham em conjunto fornecendo a sustentação mais direta para a
disciplina específica, Psicologia Hospitalar.
No quinto semestre, a disciplina Dinâmica de Grupo e Relações Humanas I,
serve de base direta para as disciplinas de Psicologia Organizacional e do Trabalho, que
iniciam no sexto semestre e se estendem até o final do curso, e trabalha em
concomitância com a Psicologia Escolar/Educacional I, que introduz aspectos da
atuação do psicólogo na instituição escolar que será aprofundado na disciplina
Psicologia Escolar/Educacional II, na qual se discutirá essa atuação na realidade
27

brasileira e nordestina, fundamentando os Estágios Específicos I e II. A Pesquisa em
Psicologia Social contempla o foco na investigação por meio de estudos dos fenômenos
psicológicos grupais.
Os sétimo e oitavo períodos pretendem aprofundar o conhecimento nas áreas
de atuação e nas técnicas psicológicas. No sétimo semestre inicia a disciplina específica
Psicologia Jurídica e no oitavo a Psicologia Hospitalar com atividades práticas.
O sétimo semestre conta, ainda, com a disciplina de Pesquisa em Psicologia
Escolar/Educacional, dando continuidade ao foco na pesquisa.
O nono e décimo semestres dedicam-se a disciplinas em que a articulação
entre teoria e prática se evidencia. Estas disciplinas pressupõem todo o conhecimento
adquirido nas disciplinas do Núcleo Comum, bem como nas disciplinas específicas de
cada ênfase. Nestes dois semestres finais, os alunos trabalharão, além dos estágios no
nível específico, na prática de Pesquisa a fim de construírem o Trabalho de Conclusão
de Curso.
Os

Estágios

Social/Comunitário,

Específicos

ofertados

Escolar/Educacional,

compreendem

quatro

Organizacional/Trabalho

grupos:
e

Clínico/Hospitalar.
O psicólogo deverá estar habilitado a atuar junto às comunidades elaborando
diagnóstico, estratégias de intervenção eficazes a partir da demanda dos moradores com
uma postura consciente e responsável quanto à utilização de métodos e técnicas
científicas, à avaliação e à produção de conhecimentos da Psicologia. Nesse sentido, o
estágio específico I e II deverá estar integrado a um projeto de extensão e está proposto
para os dois últimos semestres do curso. Estes pretendem, principalmente, a experiência
profissional nessa área de atuação de forma mais efetiva, já que o aluno deverá ter
cursado e participado dos projetos de extensão propostos anteriormente desenvolvendo
intervenções práticas durante sua participação nas disciplinas de Psicologia Social por
meio de leitura crítica dos relatórios desenvolvidos pelos colegas em momentos
anteriores, observação e acompanhamento das atividades desenvolvidas pelos
estagiários do nível específico. O aluno deve apresentar um relatório de estágio final de
curso onde demonstrará capacidade reflexiva e de alcance não só teórico, mas de análise
crítica da atuação do psicólogo.
Este amadurecimento será um percurso desde quando o aluno iniciar a
experiência com as atividades de inserção no campo de atuação, nas disciplinas Tópicos
Especiais I, II e III com enfoque teórico da Psicologia Social e com o conhecimento
28

amplo do campo de atuação, principalmente da produção latino-americana e
especialmente, da experiência brasileira. Serão capazes de elaborar relatórios
pormenorizados de observação e utilização da filmografia e da fotografia como técnica
de coleta e análise de dados de campo de estágio. Desenvolver análise crítica e
intervenção dos colegas e avaliação do acompanhamento das atividades desenvolvidas,
tais como: visita domiciliar, reuniões das associações comunitárias, organizações nãogovernamentais, e outras que estarão previstas no projeto de extensão. O aluno já
obteve conhecimento e prática de relações de grupo junto às disciplinas de ―Dinâmica
de Grupo e Relações Humanas I e II‖, dispõe de conhecimento teórico das principais
sintomatologias, diferencia quadros clínicos, experienciou a prática em saúde mental e
tem o domínio das técnicas diagnósticas, obtidos nas disciplinas ―Psicopatologia I e II‖
e ―Psicodiagnóstico I‖ cursadas no semestre anterior. Foi oportunizado ao aluno
perceber as diferenças de enfoque teórico e metodológico das diferentes áreas de
atuação do psicólogo.
Essa inserção deverá pressupor que o aluno obteve nos sexto e sétimo períodos
do curso habilidades básicas na inserção que fará no campo de atuação da psicologia
social em que contará com a aquisição do conhecimento produzido nessa área de
conhecimento e um primeiro contato com a prática acompanhado de discussão teóricometodológica que subsidia as diferentes abordagens que coexistem no campo de
atuação. Deverão estar atento as diferentes intencionalidades das atividades
desenvolvidas nessa área. Será oportuna a experiência junto às políticas públicas de
caráter psicossociais. As atividades deverão ser registradas, essa é uma habilidade
importante a ser adquirida pelo aluno, visto a dificuldade de sistematização do
conhecimento por ineficiência dos profissionais em registrar e analisar as atividades que
desenvolve. É de suma importância a discussão apresentada em relação à produção e à
contextualização dos processos de avaliação psicológicos e seu uso responsável pelo
profissional de psicologia bem como sua utilização enquanto instrumento de pesquisa e
sua crítica interna.
Essa crítica apontada será possível, pois o aluno nos terceiro e quarto
semestres deverão conhecer o universo teórico da produção científica em Psicologia nos
mais diferentes campos do conhecimento. A Psicologia Social I deverá apresentar seu
campo de conhecimento teórico-metodológico do ponto de vista histórico-social de sua
produção, com ênfase em suas matrizes e a relação interdisciplinar necessária ao campo
de conhecimento e a Psicologia Social II, apresentar o estado da arte da disciplina nas
29

três principais vertentes: a norte-americana, européia e latino-americana. No terceiro
semestre deverá ser estimulado uma interlocução, desde a psicologia social, com as
diferentes áreas de produções de conhecimentos psicológicos.
Interlocução que deverá ser estimulada desde o inicio do curso com a
discussão da interdisciplinaridade. É fundamental para uma compreensão da ciência
psicológica a sua constituição histórica a ser vista em ―Introdução à Psicologia‖ e
―Teoria e Sistemas Psicológicos I e II‖ e a influência marcante das demais disciplinas.
As produções sociológicas, a metodologia antropológica, os fundamentos filosóficos da
ciência e da ética, os fundamentos biológicos são as bases para a compreensão da
Psicologia como área de conhecimento e de atuação.
A formação em Psicologia Educacional/Escolar deverá habilitar o estudante a
desenvolver fundamentação teórico-crítica em relação aos principais movimentos e
correntes existentes na PEE, com ênfase nas teorias interacionistas e sócio-históricas, as
quais privilegiam visões de homem, mundo e educação atreladas a perspectivas
desenvolvimentais e crítico-reflexivas que se distanciam de referenciais mecanicistas. E
compreender o processo educativo como multidimensional, ou seja, a educação como
um fenômeno que abrange aspectos cognitivos, afetivos, sócio-políticos, econômicos,
culturais e físicos, inseparáveis uns dos outros. Por fim, realizar análises críticoreflexivas dos contextos educativos públicos e privados, institucionais e parainstitucionais do Brasil e, mais especificamente, da região Nordeste.
No que diz respeito aos aspectos metodológicos e às intervenções, é necessário
que o estudante assuma uma postura consciente em relação à utilização de métodos e
intervenções técnico-científicas. Auxilie no desenvolvimento dos processos ensinoaprendizagem, o que compreende atuar como coadjuvante na relação professor-aluno,
nos processos sócio-cognitivos e afetivos. Construa uma atuação inter e multidisciplinar
que possibilite a interação teórico-metodológica com as diferentes áreas de intervenção
envolvidas no fenômeno educativo, o que significa lutar para que a escola seja um
organismo integrado, composto por equipe técnica, professores, funcionários, alunos e
pais, no qual os diferentes saberes se complementam.
Em relação aos processos de prevenção e promoção de saúde e cidadania,
espera-se que o estudante possa ao final do curso trabalhar para a promoção de saúde e
cidadania dos educadores e educandos, visando auxiliar no desenvolvimento de pessoas
conscientes e socialmente ativas. Bem como atuar preventivamente nos contextos e
práticas educacionais relacionados às várias deficiências físicas e mentais e aos
30

problemas de aprendizagem, visando impedir a rotulação, culpabilização e
marginalização dos educandos e a perpetuação do fracasso escolar. Nesta perspectiva, o
psicólogo deve estar atento aos vários fatores sócio-psíquico-ambientais envolvidos em
tais problemáticas, e atento também às possibilidades de atuação que sustentam e
viabilizam a transformação de tais processos.
A organização desta proposta na matriz curricular se dará a partir dos quinto e
sexto períodos com as disciplinas Psicologia Escolar/Educacional I e Psicologia
Escolar/Educacional

II.

Neste

momento,

o

aluno

começará

a

desenvolver

conhecimentos sobre a área de atuação e a função do psicólogo escolar/educacional,
bem como sobre as principais teorias que fundamentam suas práticas. Serão destacadas
também as discussões e revisões teóricas que situam a PEE com os aspectos
multidimensionais do fenômeno educativo, bem como das dinâmicas da relação
professor-aluno-instituição. O objetivo principal destes estudos é auxiliar o aluno a
desenvolver perspectivas de análise e leitura dos contextos de atuação do psicólogo
escolar/educacional.
Num segundo momento, o aluno deverá também construir conhecimentos
sobre o desenvolvimento da PEE no Brasil, especialmente partindo de referenciais
críticos e reflexivos que problematizam a atuação e o papel social da PEE. Para, então,
passar a uma análise dos contextos educativos públicos e privados, institucionais e parainstitucionais da região Nordeste, onde atua o psicólogo escolar/educacional,
enfatizando as demandas relativas à atuação no Estado de Alagoas. Esta segunda parte,
corresponde a um afunilamento teórico que permitirá ao aluno situar sua futura prática
dentro da micro-cultura e das necessidades especificas de sua região e estado. Ressaltase que os estudos teóricos serão acompanhados das primeiras práticas que
correspondem às observações, diagnóstico e contrastes entre teoria e realidade.
Nos sétimo e oitavo semestres, o aluno cursará as disciplinas Pesquisa em
Psicologia Escolar/Educacional e Psicologia Escolar/Educacional e Saúde. A primeira
delas enfatizará os aspectos metodológicos e as intervenções, permitindo que o aluno
adicione às suas leituras e análises, possibilidades de transformação e melhoramento da
realidade educacional, ou seja, serão trabalhados os limites e possibilidades de sua
atuação. Para tal se discutirão os modelos metodológicos disponíveis e as variadas
formas de intervenções existentes no Brasil e exterior. Também serão consideradas
propostas inter e multidisciplinares de atuação do PEE. O objetivo geral desta disciplina

31

é entender como se faz a pesquisa na PEE e quais os seus desdobramentos e importância
na atuação profissional.
No oitavo semestre, o foco recairá sobre os processos de prevenção e
promoção de saúde nas escolas e instituições educacionais, onde se passará a relacionar
especificamente os temas educação, psicologia, prevenção e promoção da saúde e
cidadania. Passando a discutir a importância de uma atuação psicológica na educação
que vise o desenvolvimento da saúde sempre atrelado às questões de cidadania,
ultrapassando assim as perspectivas biomédicas presentes nas concepções mais
específicas e individualistas de saúde. As práticas também ocuparão um lugar
fundamental no desenvolvimento destas disciplinas.
Relacionada ainda aos aspectos teóricos será oferecida como eletiva a
disciplina ―Problemas Escolares‖ que se propõe a discutir temas como o fracasso
escolar, a não-aprendizagem, o erro, a rotulação, culpabilização e marginalização do
aluno, visando auxiliar o formando no desenvolvimento de uma postura crítico-reflexiva
em relação às temáticas supracitadas.
Visando o aprofundamento nas práticas de atuação, serão oferecidos nos dois
últimos semestres do curso os estágios curriculares específicos I e II, nos quais o aluno
entrará em contato mais direto e constante com as realidades educacionais do Estado,
devendo ser capaz de relacionar os conteúdos teóricos, as metodologias e as
possibilidades de intervenção com as demandas dos contextos locais.
O psicólogo deverá estar habilitado a atuar em diversos contextos de
instituições de saúde (ambulatórios, postos de saúde, clínicas e hospitais) reconhecendo
a psicologia clínica como uma área de atuação nos níveis de prevenção e tratamento,
visando à saúde psíquica. O psicólogo clínico deverá ser capaz de realizar diagnóstico e
planejar estratégias de intervenção eficazes em resposta às demandas existentes nestas
instituições, estando apto a desenvolver suas ações no contexto de equipe
interdisciplinar.

A formação do psicólogo deve favorecer uma visão ampla dos processos de
saúde e doença mental, reconhecendo aspectos individuais, sociais, e culturais
envolvidos na etiologia e no tratamento dos distúrbios psicológicos. Neste sentido, as
disciplinas propostas para os quatro primeiros semestres oferecem uma primeira
fundamentação para a área clínica, na medida em que possibilitam uma compreensão da
história da psicologia e suas principais matrizes teóricas na contemporaneidade, das
32

relações estabelecidas pela psicologia com outros campos do saber, dos processos
psicológicos básicos e dos fundamentos da pesquisa psicológica. Os conhecimentos
obtidos nas disciplinas Psicologia do Desenvolvimento I e II e Teorias do Sujeito I e II
serão a base para todas as disciplinas específicas da formação clínica.
As disciplinas do quinto e sexto semestres oferecem os fundamentos para a
atuação psicológica em diversas áreas, evidenciando a relevância do conhecimento e da
intervenção do psicólogo como promotores de saúde mental em diversos campos. O
conhecimento obtido através das aulas teóricas e práticas acerca de fenômenos grupais e
relações de grupos, quadros clínicos, sintomatologias e técnicas diagnósticas adquiridas
nas disciplinas Dinâmica de Grupo e Relações Humanas I e II, Psicopatologia Geral I e
II, Processos de Avaliação Psicológicos e Psicodiagnóstico I e II são essenciais para a
formação clínica. Estas disciplinas devem possibilitar situações práticas de observação,
intervenção preliminar e elaboração de relatórios, nas quais o aluno possa se engajar
como parte da sua formação. Ao mesmo tempo, o aluno já estará iniciando contato com
a atuação nas áreas específicas de Psicologia do Trabalho, Social e Escolar.
Nos sétimo e oitavo semestres do curso o aluno terá oportunidade de
aprofundar os conhecimentos teóricos e práticos referentes à atuação do psicólogo nos
diversos campos como profissional promotor de saúde. A disciplina Teorias e Técnicas
Psicoterápicas I possibilitará a aquisição de conhecimento específico acerca das diversas
abordagens

teóricas/técnicas

e

modalidades

psicoterápicas

na

atualidade,

proporcionando uma reflexão crítica acerca das mesmas. A disciplina Teorias e
Técnicas Psicoterápicas II abordará o planejamento de estratégias de atendimento
clínico e psicoterapias e possibilitará um contato com a prática clínica através de
atividades de triagem e atendimento preliminar na clínica psicológica. A disciplina
Psicologia Hospitalar enfocará, numa perspectiva teórico-prática, os fundamentos
teóricos e a atuação do psicólogo no hospital, respectivamente.
Durante os últimos semestres do curso o Estágio Específico I e II em
Psicologia Clínica pretende oferecer oportunidade de experiência profissional
supervisionada efetiva na área. Os estágios na área clínica serão desenvolvidos
prioritariamente na clínica escola (Serviço de Psicologia Aplicada) e no Hospital
Universitário (clínicas e ambulatório), caracterizando-se como campos de serviço à
população, além de espaço de formação.
Em consonância com as diretrizes gerais do curso, a formação do psicólogo
deve se pautar numa visão da psicologia inserida e comprometida com as questões
33

sócio-culturais. Neste sentido, o processo de formação deve enfatizar a clínica como um
campo de intervenção psicossocial e como instrumento de inclusão social, favorecendo
o desenvolvimento de uma postura profissional crítica e comprometida com a ética e a
promoção do bem-estar do indivíduo e da sociedade.

A Psicologia Organizacional e do Trabalho, além de se orientar pelas ênfases,
destaca as questões referentes à gestão por significarem a presença de conhecimentos e
habilidades essenciais para o psicólogo que atua nessa área.
Seus conteúdos e práticas foram pensados e definidos de acordo com as
seguintes premissas:
1. A formação em Psicologia Organizacional e do Trabalho deve ser
desenvolvida desde o 1º ano do curso, através das disciplinas introdutórias à Sociologia,
Antropologia, Filosofia e Psicologia.
2. A área deve ser compreendida como um conjunto de conhecimentos e
práticas desenvolvidos através das disciplinas que aprofundam a atuação na área –
Psicologia Organizacional e do Trabalho I a II, os estágios supervisionados curriculares
e extracurriculares e os projetos de pesquisa e extensão.
Iniciando-se no 6º semestre, a disciplina de Psicologia Organizacional e do
Trabalho I deverá se ocupar fundamentalmente em caracterizar o seu campo de ação e
as principais

interações com a Psicologia Social. Os conceitos de trabalho e

organização serão ampliados para que possam ser compreendidos como sistemas de
poder, de aprendizagem e de saúde. Diante da premente necessidade de permanência
num mercado competitivo, as organizações modificam estratégias de atuação que geram
alterações na estrutura física, nos cargos, na hierarquia, produzindo ambientes mutáveis,
flexíveis, que se não forem bem planejados e apresentarem consistência entre
tecnologia, produtos, serviços, processos, conhecimentos, habilidades e atitudes, elevam
o nível de tensão interna, adoecendo os trabalhadores, estagnando o aprendizado e
enfraquecendo mais ainda o sentido de estar naquele lugar, desenvolvendo aquelas
tarefas, convivendo com aquele grupo de pessoas.
Nesse primeiro momento, a intenção é de dar continuidade à preparação de um
futuro psicólogo que esteja continuamente ampliando a visão de mundo baseada na
criticidade, bom senso, flexibilidade, ética e competência em lidar com processos
sociais e grupais de toda natureza, analisando situações, coordenando pessoas,
realizando negociações de idéias e espaços de atuação. A prática deverá ser já iniciada
34

nessa fase, em projetos de extensão e parceria com outras disciplinas e com as Empresas
Juniores, principalmente a Psiconsult e a que é vinculada ao curso de Administração.
A Psicologia Organizacional e do Trabalho II irá oportunizar ao aluno, entrar
em contato com a realidade das organizações, observá-las, refletir sobre elas,
juntamente com distintos atores sociais que possuem outros olhares e empreender
soluções para que as pessoas se relacionem e dialoguem com o fim de encontrarem
saídas para lidar com o contexto vivenciado. Será estimulada a capacidade de atuar
como agente do empoderamento necessário ao trabalhador dos tempos atuais, e que se
concretiza pela criação e controle, por parte deste, dos processos de trabalho. Outras
capacidades serão também exercitadas, com o propósito de serem transformadas em
habilidades, tais como: compreender e acompanhar as mudanças tecnológicas e sociais
do processo de trabalho e da sua interface com a sociedade; pesquisar como ocorre a
participação ativa das pessoas no conjunto de forças que compõem as redes sociais;
exercitar constantemente a percepção política, refletindo sobre o impacto e as
influências que a sua atuação e dos demais atores provocam no contexto das
organizações e dos grupos; saber agir em contextos multi e interdisciplinares;
reconhecer e saber opinar sobre as teorias de aprendizagem que são ativadas para calcar
ações organizacionais, a exemplo da capacitação de pessoas.
3. Outros conjuntos de conhecimentos devem servir de base para a Psicologia
Organizacional e do Trabalho, oferecidos por disciplinas do curso e de outras áreas de
conhecimento que fazem interface com a área, sendo essenciais: a) a Psicologia Social,
com suas orientações sobre estratégias de intervenção em diferentes espaços sociais,
inclusive nas instituições; b) a Dinâmica de Grupo e Relações Humanas, cujo conteúdo
e práticas deve preparar o futuro psicólogo para realizar análises e manejos de grupos,
perceber e compreender as manifestações de poder e conduzir situações de conflito; c) a
Psicologia da Aprendizagem, na abordagem sobre as teorias da aprendizagem e seus
limites, principalmente no que se refere à aprendizagem do adulto; d) a Metodologia
Científica de Pesquisa, quando exercita o aluno a observar a realidade, interpretá-la e
documentá-la com consistência para discussões relevantes sobre as situações, fatos ou
dados colhidos; e) a Psicopatologia, principalmente quando aborda os transtornos que
não impedem a convivência social, porém a dificulta; f) a Prática em Saúde Mental, na
identificação das relações entre saúde e trabalho.

35

Entretanto, a análise aqui iniciada só poderá ser concretizada e ampliada a
partir da definição de um espaço permanente de troca entre docentes, direta ou
indiretamente envolvidos com a área, os discentes e a comunidade.

ORDENAMENTO CURRICULAR
Ordenamento Curricular – Curso de Psicologia UFAL
Núcleo Comum de Formação
Semestre

Disciplinas

1º

Sociologia
Antropologia Cultural
Filosofia
Psicologia: Ciência e Profissão
Metodologia Científica
Bases Biológicas do
Comportamento Humano I

60
60
60
60
60
60

2º

Processos Psicológicos Básicos I
Teorias e Sistemas Psicológicos I
Estatística Aplicada à Psicologia
Metodologia da Pesquisa
Psicológica
Bases Biológicas do
Comportamento Humano II
Ética Profissional

60
60
60
60

3º

Psicologia do Desenvolvimento I
Processos Psicológicos Básicos II
Teorias do Sujeito I
Teorias e Sistemas Psicológicos II
Psicologia Social I
Estágio Básico I
Disciplina Eletiva

60
60
60
60
60
60
60

4º

Psicologia do Desenvolvimento II
Teorias do Sujeito II
Psicologia Social II
Psicologia da Aprendizagem
Processos de Avaliação
Psicológica I
Estágio Básico II
Disciplina Eletiva

60
60
60
60
60

Psicologia Clínica
A Entrevista em Psicologia

60
60

5º

Carga
Horária

60
60

60
60

36

Dinâmica de Grupo e Relações
Humanas I
Psicopatologia I
Psicologia Escolar/Educacional I
Pesquisa em Psicologia Social
Disciplina Eletiva- Ênfase 1
Disciplina Eletiva- Ênfase 2

60

Dinâmica de Grupo e Relações
Humanas II
Psicopatologia II
Psicodiagnóstico I
Psicologia Organizacional e do
Trabalho I
Psicologia Escolar / Educacional II
Tópicos Especiais I- Ênfase 1
Tópicos Especiais I- Ênfase 2
Disciplina Eletiva- Ênfase 1
Disciplina Eletiva- Ênfase 2

60

Teorias e Técnicas Psicoterápicas I
Pesquisa em Psicologia Escolar /
Educacional
Psicodiagnóstico II
Psicologia Organizacional e do
Trabalho II
Psicologia Jurídica
Tópicos Especiais II – Ênfase 1
Tópicos Especiais II – Ênfase 2
Disciplina Eletiva – Ênfase 1
Disciplina Eletiva – Ênfase 2

60
60

Teorias e Técnicas Psicoterápicas
II
Psicologia Escolar / Educacional e
Saúde
Psicologia Hospitalar
Tópicos Especiais III – Ênfase 1
Tópicos Especiais III – Ênfase 2
Disciplina Eletiva – Ênfase 1
Disciplina Eletiva – Ênfase 2

60

9º

Estágio Específico I – Ênfase 1
Estágio Específico I - Ênfase 2

240

10º

Estágio Específico II – Ênfase 1
Estágio Especifico II- Ênfase 2

240

6º

7º

8º

60
60
60
60

60
60
60
60
60
60

60
60
60
60
60

60
60
60
60

37

A distribuição da Carga Horária da Grade Curricular do Curso é a que segue:
Descrição da Atividade

Núcleo de Formação Comum
Núcleo de Formação Específica Obrigatório
Estágios (Básico e Específico)
Eletiva por cada Ênfase
Tópicos Especiais por cada Ênfase
Trabalho de Conclusão de Curso
Atividades Complementares
Total de Horas

Carga
Horária
(Horas)
1320
1200
600
360
180
120
220
4000

38

FLUXOGRAMA CURRICULAR
1º
semestre

2º
Semestre

3º
semestre

4º
semestre

5º
semestre

Psicologia:
Ciência e
Profissão

Processos
Psicológicos Básicos
I

Processos
Psicológicos
Básicos II

Bases Biológicas
do
Comportamento
Humano I

Bases Biológicas
do Comportamento
Humano II

Psi. do
Desenvolvimento
I

Psi. do
Desenvolvimento
II

Psicopatologia I

Teorias do sujeito
I

Teorias do Sujeito
II

Psicologia Clínica

Antropologia
Cultural

Teorias e Sistemas
Psicológicos I

Sociologia
Metodologia
Cientifica

Teorias e Sistemas
Psicológicos II
Psi.
Social I

6º
semestre

Psicopatologia
II

Psi. Organizacional e
do Trabalho I
Psi.
Social II

Metodologia da
Pesquisa Psicológica

Teorias e Técnicas
Psicoterápicas I

Teorias e Técnicas
Psicoterápicas II

Psi. Organizacional II

I

Pesquisa em Psi
Escolar/Educacional

Psi. Escolar
/Educacional I

Psi. Escolar/
Educacional II

Processos de
Avaliação
Psicológica

A Entrevista em
Psicologia

Psicodiagnóstico I

Psicodiagnóstico II

Dinâmica de Grupo e
Relações Humanas I

Dinâmica de Grupo e
Relações Humanas II

Psicologia
Jurídica

Disciplina Eletiva

Disciplina Eletiva
Tópicos Especiais I-

Disciplina Eletiva
Tópicos Especiais II

Ética Profissional

Disciplina Eletiva

Disciplina Eletiva

Estágio Básico I

Estágio Básico II

9º
semestre

10º
semestre

Psi.
Hospitalar

Psi. da
Aprendizagem

Filosofia

8º
semestre

Pesquisa em
Psicologia Social
Pesquisa em
Psicologia Social

Estatística Aplicada à
Psicologia

7º
semestre

Trabalho de
Conclusão de Curso

Trabalho de
Conclusão de
Curso

Estágio Específico I

Estágio
Específico II

Psi. Escolar/
Educacional e
Saúde

Disciplina Eletiva
Tópicos Especiais
III

39

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS
Sociologia
Elementos de análise sociológica: modos de produção, relações de produção, formação
econômico-social, estrutura social, classes sociais. Instituições e mudanças sociais.
Caracterização da sociedade brasileira e sua evolução histórica.
BERGER, P. I. A construção social da realidade. Petrópolis: vozes, 1973.
DURKHEIM, E. As regras do método sociológico. São Paulo: Nacional, 1966.
FERNANDES, F. Elementos de Sociologia teórica. São Paulo: Nacional, EDUSP, 1970.
SENNETT, R. A corrosão do caráter: conseqüências pessoais do trabalho no novo
capitalismo. Rio de Janeiro: Record, 1999.
ZIZEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do real! Cinco ensaios sobre o 11 de setembro e
datas relacionadas. São Paulo: Bomtempo editorial, 2003.

Antropologia Cultural
Formação e desenvolvimento da Antropologia. Objeto, métodos e técnicas da pesquisa
antropológica. Indivíduo, cultura e sociedade. Família e relações de Parentesco. Mitos.
Religião.
CARDOSO, R. (org.) A aventura antropológica. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
GEERTZ, C. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.
IANNI, O. Raças e classes sociais no Brasil. Rio e Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
LÈVI-STRAUSS,C. As estruturas elementares do parentesco. Rio de Janeiro: Vozes,
1976.
LÈVI-STRAUSS,C. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967.

Filosofia
As formas de saber. Surgimento do conhecimento científico. Classificação das ciências.
Pressupostos do conhecimento científico: materialismo, racionalismo, empirismo,
causalidade... Sobre a noção de certeza. O lugar da ciência na sociedade contemporânea.
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. 3.ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
BACHELARD, G. A formação do espírito científico. Tradução de Estela dos Santos
Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
KOYRÉ, A. Estudos de história do pensamento científico. Tradução de Márcio
Ramalho. Rio de Janeiro: Forense universitária, 1982.
GIDENS, A. As conseqüências da modernidade. 2. Ed. São Paulo: UNESP, 1991.
ROSSI, P. A ciência e a filosofia dos modernos. São Paulo: UNESP. 1992.

40

Psicologia: Ciência e Profissão
Relações entre Psicologia e Filosofia. Concepções teóricas e metodológicas predominantes
nos princípios da Psicologia científica. Objeto de estudo da Psicologia. O desenvolvimento
da psicologia científica. Condições de emergência das diferentes escolas teóricas. Principais
áreas de atuação do psicólogo.
ASCHAR, R. (org). (1994). Psicólogo Brasileiro: práticas emergentes e desafios para a
formação. São Paulo: Casa do psicólogo, CFP.
FIGUEIREDO, L. C. Psicologia – uma (nova) introdução. São Paulo: EDUC, 2001.
FIGUEIREDO, L. C. A invenção do psicológico - quatro séculos de subjetivação - 1500
- 1900. São Paulo: Escuta; São Paulo: Educ. 2000.
FIGUEIREDO, L. C. Revisitando as psicologias: da epistemologia à ética das práticas e
discursos psicológicos. Petrópolis: Ed. Vozes; São Paulo: EDUC, 1995.
MASSIMI, M. História da psicologia brasileira. São Paulo: EPU, 1990.
SCHULTZ, D. P.; SCHULTZ, S. E. História da psicologia moderna. São Paulo: Cultrix.
2000. 439p.

Metodologia Científica
Conceituação de método, técnica e pesquisa. Tipos de pesquisa. Planejamento de pesquisas.
Normas técnicas para elaboração e apresentação de trabalhos científicos. Informática
aplicada à metodologia científica.
ABBAGNANO, N. Dicionário de filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. 3.ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1999.
ALVES-MAZZOTTI, A. J. & GEWANDSNAJDER, F. O método nas ciências naturais e
sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira, 1998.
BACHELARD, G. A formação do espírito científico. Tradução de Estela dos Santos
Abreu. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago,
1976.
______. O mito da neutralidade científica. 2.ed. Rio de Janeiro: Imago, 1981.
FURASTE, P. A. Normas técnicas para o trabalho científico. Explicitação das normas da
ABNT. 13. ed., Porto Alegre: s.e., 2004.

Bases Biológicas do Comportamento Humano I
Compreensão dos fenômenos psíquicos sob a ótica da neurologia. Sistema nervoso:
classificação, estrutura e funções. Relações entre as áreas cerebrais e as funções
intelectuais.

41

ROBINSON, D. N. Introdução analítica à neuropsicologia. São Paulo: EPU, 1977.
BRODAL, A. Anatomia Neurológica com Correlações Clínicas. 3. ed. São Paulo: Roca,
1979.
DAMÁSIO, A. O Erro de Descartes: Emoção, Razão e o Cérebro Humano. São Paulo:
Companhia das Letras, 1994.
GRAEFF, F. G.; BRANDÃO, M.L. Neurobiologia das Doenças Mentais. 5. ed. São
Paulo: Lemos Editora, 1999.
MACHADO, A. Neuroanatomia Funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1993.

Processos Psicológicos Básicos I
Diferentes origens da psicologia e conceituação dos grandes processos psíquicos:
motivação, tendências, afetividade (emoções), atividade, instintos, hábitos, atos voluntários,
sensação/imagem/percepção, memória, atenção, inteligência, pensamento e raciocínio,
linguagem, consciência, inconsciente e aprendizagem.
ALBERTI, Sônia. Crepúsculo da alma: a psicologia no Brasil no século XIX. Rio de
Janeiro: Contracapa, 2003.Elementos de psicologia, 16ªed., São Paulo, Melhoramentos,
1978.
CANGUILHEM, G. O que é psicologia.
(http://geocities.yahoo.com.br/guaikuru0003/oquepsi.html).
FIGUEIREDO. L.C. Matrizes do pensamento psicológico. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.
FIGUEIREDO, L. C. Revisitando as psicologias: da epistemologia à ética das práticas e
discursos psicológicos. 2. ed., rev. e ampl. Petrópolis: Educ, 1996.
Teorias e Sistemas Psicológicos I
A constituição da psicologia como ciência autônoma. Os primeiros sistemas teóricos da
Psicologia: o associacionismo, o estruturalismo, o funcionalismo. A Völkerpsychologie de
Wundt. A Gestalt.
GARDNER, H. A. Nova Ciência da Mente. São Paulo: EDUSP, 1995.
FIGUEIREDO, L. C. Revisitando as psicologias: da epistemologia à ética das práticas e
discursos psicológicos. 2. ed., rev. e ampl. Petrópolis: Educ, 1996.
SCHULTZ, D. P. e SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix,
1994.
SARGENT, S. S.; STAFFORD, K. R. Ensinamentos básicos dos grandes psicólogos:
uma introdução completa às descobertas e ao desenvolvimento histórico da psicologia. 4.
ed. Porto Alegre: Editora Globo S/A, 1977.
PENNA, A. G. Introdução à história da psicologia contemporânea. 3. ed. Rio de
Janeiro: Zahar, 1982.

42

Estatística Aplicada à Psicologia
Considerações gerais. Estatística indutiva e dedutiva. População e amostra. Fases do
trabalho estatístico. Séries estatísticas. Distribuição de freqüência. Apresentação gráfica.
Medidas de posição. Medidas de dispersão. Medidas de assimetria e curtose. Noções de
probabilidade. Regressão e correlação linear.
BARBOSA, R. M. Combinatória e Probabilidade. São Paulo: Livraria Nobel S.A.
BERQUÓ, E. Bioestatística. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária Ltda.
BUSSAB, W.O. & MORETTIN, P.A. Estatística Básica. São Paulo: Atual Editora, 1987.
HOEL, P.G. Estatística elementar. 1 ed., São Paulo: Editora Atlas, 1981.
LIPSCHTZ, S. Probabilidade. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil Ltda.

Metodologia da Pesquisa Psicológica
Produção de conhecimento científico em Psicologia e suas implicações epistemológicas,
filosóficas e sociais. Introdução aos métodos quantitativos e qualitativos de pesquisa
empírica e suas divergências. Níveis e modalidades de pesquisa. Ética na pesquisa com
seres humanos.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2000.
COSTA, A. R. F. C. e colaboradores. Orientações metodológicas para produção de
trabalhos acadêmicos. Maceió: Edufal, 2004.
HAGUETTE, T. M. F. Metodologias qualitativas na sociologia. Petrópolis: Vozes, 1997.
RUDIO, F. V. Introdução ao projeto de pesquisa científica. 20. ed. Petrópolis: Vozes,
1996.
OLIVEIRA, M. M. H. d’. Ciência e pesquisa em psicologia: uma introdução. São Paulo:
EPU, 1984.

Bases Biológicas do Comportamento Humano II
Bases morfológicas da atividade emocional. Quadros clínicos. Avaliação neurológica.
KIMBLE, D. P. A Psicologia Como Ciência Biológica. Rio de Janeiro: Zahar Editora,
1975.
LURIA, A. R. Fundamentos de Neuropsicologia. São Paulo: Livros Técnicos e
Científicos/EDUSP, 1981.
ECCLES, J. C. O Conhecimento do Cérebro. São Paulo: Atheney/EDUSP, 1979.
MORGAN, C. T. Psicologia Fisiológica. São Paulo: EPU/EDUSP, 1973.
LEDOUX, J. O cérebro emocional: os misteriosos alicerces da vida emocional. 2. ed. Rio
de Janeiro: Objetiva, 1998.

Ética Profissional
O conceito de Ética. Conhecimento das leis e normas que regem a Psicologia. Implicações
éticas da ação do psicólogo.

43

ARISTÓTELES. Ética e Nicômaco. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
Conselho Federal de Psicologia - Código de Ética Profissional dos psicólogos, 1987.
Conselho Federal de Psicologia - Quem é o psicólogo brasileiro? São Paulo: Edicon,1988.
VAZQUEZ, A. S. Ética. Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1979.
COIMBRA, C. M. B.; RODRIGUES, H. B. C.; CAMINO, L.; PALAZZO, L. O.;
GUARESCHI, P. A. Psicologia, ética e direitos humanos. 2. ed. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2000.

Psicologia do Desenvolvimento I
Abordagem das principais teorias que norteiam a Psicologia do Desenvolvimento. Aspectos
relativos ao processo de desenvolvimento humano na Infância.
BOWLBY, J. Cuidados maternos e saúde mental. S. Paulo: Martins Fontes, 1995.
COLL, C.; PALÁCIOS, J. & MARCHESI, A. (Orgs.). Desenvolvimento psicológico e
educação. Vol. I, Psicologia Evolutiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
LEWIS, M. & VOLKMAR, F. Aspectos clínicos do desenvolvimento na infância e
adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
LORDELO, E. da R CARVALHO, A. A. & KOLLER, S. H. (Orgs.). Infância brasileira e
contextos de desenvolvimento. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002.
SPITZ, R. A. O primeiro ano de vida. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

Processos Psicológicos Básicos II
As diferentes psicologias e o fato psicológico fundamental à raiz de sua constituição. Os
processos psicológicos básicos: do laboratório à virada lingüística. Concepções acerca do
que é a linguagem, o pensamento e a realidade. Da epistemologia à ética.
DANNA, M. F. & MATOS, M. A. Ensinando observação. São Paulo: Edicon, 1999.
FIGUEIREDO. L.C. Matrizes do pensamento psicológico. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.
FIGUEIREDO, L. C. Revisitando as psicologias: da epistemologia à ética das práticas e
discursos psicológicos. 2. ed., rev. e ampl. Petrópolis: Educ, 1996.
MATOS, M. A. & TOMANARI, G. Y. A análise do comportamento no laboratório
didático. São Paulo: Manole, 2002.
McGUIGAN, F. J. Psicologia Experimental – uma abordagem metodológica. São Paulo:
E.P.U., 1976.

Teorias do Sujeito I
O conceito de Personalidade. A constituição do sujeito psíquico. Introdução às teorias da
Personalidade. A Teoria do Sujeito na concepção psicanalítica. A Teoria do Sujeito na
concepção da Psicologia Analítica.
KAPLAN, H. I., SADOCK, B. J. & GREBB, J. A. Compêndio de psiquiatria. Ciências do
comportamento e psiquiatria clínica. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

44

FREUD, S. Edição Standard das Obras Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro:
Imago, 1996.
JUNG, Carl Gustav. Obras completas. Petrópolis: Vozes, 1979.
ROUDINESCO, E. Por que a Psicanálise? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.
ASSOUN, P-L. Introdução à epistemologia freudiana. Rio de Janeiro: Imago, 1983.

Teorias e Sistemas Psicológicos II
Panorama descritivo dos objetos, métodos, conceitos e aplicações da Psicologia de acordo
com as diversas teorias psicológicas contemporâneas.
FARR, R. M. As raízes da psicologia social moderna (1872 - 1954). 4. ed. Petrópolis:
Vozes, 2001.
SCHULTZ, D. P. e SCHULTZ, S. E. História da Psicologia Moderna. São Paulo: Cultrix,
1994.
JAPIASSU, H. Introdução a epistemologia da psicologia. 6. ed. São Paulo : Letras &
Letras, 2001.
LUZ, J. L. B.; SILVA, J. F. Jean Piaget e o sujeito do conhecimento. Lisboa: Instituto
Piaget, [199-].
FIGUEIREDO, L. C. Matrizes do pensamento psicológico. Rio de Janeiro: Vozes, 1991.

Psicologia Social I
A construção da Psicologia Social enquanto disciplina e seus fundamentos teóricos e
epistemológicos.
CAMPOS, R. H. de F. e GUARESCHI, P. (Orgs.) Paradigmas em Psicologia Social.
Petrópolis: Vozes, 2002.
FARR, R.M. As Raízes da Psicologia Social Moderna. Petrópolis: Vozes, 1998.
RODRÍDUES, M. A. B. Corrientes Teóricas en Psicología Social. Desde la psicologia
social experimental hasta el movimiento construccionista. Caracas: Litopar, 1997.
SABUCEDO, J. M., D’ADAMO, O. D. & BEAUDOUX, V. G. Fundamentos de
psicologia social. Espanha: siglo veintiuno editores, 1997.
VALA, J. & MONTEIRO, M.B. (Coords.) Psicologia Social. Lisboa: Calouste
Gulbenkian, 1997.
Estágio Básico I
Características do campo específico de psicologia aplicada. Observação de atividades de
intervenção psicológica.
WITTER, G. P. Psicologia Escolar: Pesquisa, Formação e Prática. Editora Alínea.
BOCK, A. M. M.; SANTOS, M.; BAREMBLITT, G. F.; CONSELHO FEDERAL DE
PSICOLOGIA. Psicologia e direitos humanos: práticas psicológicas: compromissos e
comprometimentos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001.

45

DEL PRETTE. A. Pesquisa em Movimentos Sociais: reflexões sobre uma experiência.
Psicologia e Sociedade, 1988/1989, 6, 2 101-107.
DOR, J. Clínica psicanalítica. Porto Alegre: ArtesMédicas, 1996.
JACÓ-VILELA, A. M., CEREZZO, A. C. & RODRIGUES, H. B. C. (orgs.). Clio-Psyché
ontem. Fazeres e dizeres psi na história do Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.

Psicologia do Desenvolvimento II
Abordagem das principais teorias sobre o processo da Adolescência. Abordagem de temas
contemporâneos associados à adultez e a velhice.
BEE, H. A Criança em desenvolvimento. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
CARVALHO, A.; SALLES, F. & GUIMARÃES, M. (Orgs.) Adolescência. Belo
Horizonte: Editora UFMG, 2003.
COLL, C.; PALÁCIOS, J. & MARCHESI, A. (Orgs.). Desenvolvimento psicológico e
educação. Vol. I, Psicologia Evolutiva. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
DAVIDOFF, Linda. Introdução à psicologia. S. Paulo: Makron Books, 2001.
LEWIS, M. & VOLKMAR, F. Aspectos clínicos do desenvolvimento na infância e
adolescência. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.

Teorias do Sujeito II
As teorias culturalistas de base analítica. A visão cognitivo-comportamental. A concepção
fenomenológico-existencial. A Teoria do Sujeito no Construtivismo.
HALL, CS & LINDZEY, G. Teoria da Personalidade São Paulo: EPU, 1978
PIAGET, J. A construção do real na criança. 3. ed. São Paulo: Ática, 2001.
FROMM, E. Psicanálise da sociedade contemporânea. 9. ed. Rio de Janeiro: Zahar,
1979.
HORNEY, K. A personalidade neurótica do nosso tempo. [S.I.]: Vega, 1979.
RICHARD, M. As correntes da psicologia. Lisboa: Instituto Piaget, 1998.

Psicologia Social II
A crise da Psicologia e as implicações teórico-metodológicas na contemporaneidade.
GONZÁLEZ-REY, F. O Social na Psicologia e a Psicologia Social. Petrópolis:
Vozes,2004.
MARTÍN-BARÓ. Psicologia Social desde Centroamérica II. San Salvador: UCA ed.,
1989.
MOLON, S. Subjetividade e constituição do sujeito em Vygotsky. Petrópolis: Vozes,
2003.
MUNNÉ, F. Entre el individuo y la sociedad. Barcelona: EB, 1996
SAWAIA, B. A crítica ético-epistemológica da Psicologia Social pela questão do Sujeito.
Psicologia e Sociedade; 10 (2): 117-136; jul./dez. 1998.

46

Psicologia da Aprendizagem
Conceitos de aprendizagem humana. Perspectivas inatista-maturacionista, empiristaassociacionista e interacionaista. Teorias comportamentalista, inatista, interacionista, sóciohistórica e psicanalítica.
PIAGET, J. O nascimento da inteligência na criança. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editores, 1980.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
SKINNER, B. F. Tecnologia do Ensino. São Paulo: Ed. Herder, 1972.
ROGERS, C. Liberdade para Aprender. Belo Horizonte: Interlivros, 1972.
KUPFER, M.C.M. Freud e a educação: o mestre do impossível. São Paulo, Scipione,
1989.

Processos de Avaliação Psicológica
Estudos de métodos e técnicas de avaliação psicológica. Histórico dos testes psicológicos,
conceitos básicos, requisitos científicos, tipos e características. Testes psicométricos e
testes projetivos. O processo de avaliação psicológica.
ANASTASI, A. & URBINA, S. Testagem psicológica. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,
2000.
ANASTASI, A. Testes psicológicos. 2. ed. revista. São Paulo: EPU, 1977.
ANCONA-LOPEZ, M. (org.) Avaliação da inteligência. Vol. I e II. São Paulo: EPU,
1987.
CUNHA, J.A.; FREITAS, N.K. e RAYMUNDO, M.G.B. Psicodiagnóstico-R. 4. ed.
revista. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
DI LEO, J.H. A interpretação do desenho infantil. Porto Alegre: Artes Médicas, 1991.

Estágio Básico II
Investigação e diagnóstico de situações no campo. Apreciação crítica das atividades de
intervenção e das teorias e técnicas que as fundamentam. Planejamento de estratégias de
intervenção.
JACÓ-VILELA, A. M. & MANCEBO, D. (orgs.). Psicologia Social: Abordagens sóciohistóricas e desafios contemporâneos. Rio de Janeiro: EDUERJ, 1999.
JACÓ-VILELA, A. M., CEREZZO, A. C. & RODRIGUES, H. B. C. (orgs.). Clio-Psyché
hoje. Fazeres e dizeres psi na história do Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
PÈCHEVIS, M. O diagnóstico Comunitário. Texto de apoio n 5. Ministério da Saúd,
Brasília, DF, 1998.
SALLENAVE, R.N.U.R. O que o agente de saúde deve conhecer na comunidade.
Fundação Hospitalar do Distrito Federal, Brasília. DF
VALLA, V. e STOTZ, E. Participação Popular e Saúde. Petrópolis: Editora Gráfica
Serrana, 1989.

47

Psicologia Clínica
O surgimento da psicologia clínica. Conceituação e campos de aplicação da psicologia
clínica. O método clínico de investigação. Clínica e Psicopatologia. Clínica Ampliada e
contemporaneidade.
MELMAN, C. Formas clínicas da nova patologia mental e artigos inéditos. Recife:
Centro de estudos Freudianos do Recife, 2004.
FÉDIDA. Pierre. Clínica psicanalítica: Estudos. São Paulo: Escuta, 1988
JULIEN, P. (1997a): O manto de Noé: ensaio sobre a paternidade. Rio de Janeiro,
Livraria e editora Revinter.
JULIEN, P. (1997b): A feminilidade velada: aliança conjugal e modernidade, Rio de
Janeiro: Companhia de Freud.
ARAÚJO, J.N.G. DE & CARRETEIRO, T.C. (orgs). Cenários sociais e abordagem
clínica. São Paulo: Escuta, 2001.
A Entrevista em Psicologia
Entrevista psicológica: tipos, técnicas e manejos. O manejo da entrevista nas diferentes
fases do desenvolvimento e nos diferentes âmbitos de trabalho do Psicólogo.
BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
BLEGER, J. Temas de Psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
GARRETT, A. A Entrevista. São Paulo: Pioneira, 1981.
NAHOUM, C. A Entrevista Psicológica. Rio de Janeiro: Agir, 1978.
QUINET, A. As 4+1 Condições da Análise. Rio de Janeiro: Zahar, 1993.
2.ed., Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2000.
LODI, J. B. A Entrevista: Teoria e Prática. São Paulo: Ed. Pioneira, 1992.

Dinâmica de Grupo e Relações Humanas I
Identificação das principais concepções sobre o desenvolvimento grupal – dinâmica de
grupo, psicanálise, psicossociologia e psicodrama – quanto à estrutura, organização,
dinâmica e processo grupal.
BAREMBLITT, G. (org.). Grupos: teoria e técnica. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1994.
LEWIN, K. Problemas de Dinâmica de Grupo. São Paulo: Editora Cultrix, 1973.
MORENO, J.L. Psicodrama. São Paulo: Cultrix, (S/D).
ZIMERMAN, D.E.; OSÓRIO, L.C. et alli. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1997.
ROGERS, C.R. Grupos de Encontro. São Paulo: Martins Fontes, 1970.

Psicopatologia I
As origens da psicopatologia. As concepções mágicas; as concepções médico-filosóficas. O
nascimento da clínica psiquiátrica. Diferentes correntes à origem da psicopatologia: o
48

organicismo, a psicanálise, a corrente fenomenológica e a abordagem psicossociológica. O
pathos.
BEAUCHESNE, Hervé. História da psicopatologia. São Paulo: Martins Fontes, 1986.
BERCHERIE, Paul. Os fundamentos da clínica: história e estrutura do saber
psiquiátrico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989.
BERLINCK, M. T. Psicopatologia Fundamental. São Paulo: Escuta, 2000.
D’ ANDREA, F.F. Transtornos psiquiátricos do adulto. 4. ed., Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1990.
FREUD, Sigmund. Sobre a psicopatologia da vida cotidiana. Rio de Janeiro: Imago,
1987.
Psicologia Escolar/ Educacional I
Campo e conceituação da Psicologia Escolar/Educacional. Área de atuação e a função do
psicólogo escolar/educacional. Principais teorias da psicologia escolar/educacional.
CUNHA, B., YAZZLE, E., SALOTTI, M. E SOUZA, M. Psicologia na Escola: Um
pouco de história e algumas histórias. Arte & Ciência: São Paulo, 1997.
CORREIA, M. E CAMPOS, H. Psicologia Escolar: história, tendências e possibilidades.
EDUFRN: Natal, R. N., 2005.
PATTO, M. Introdução à Psicologia Escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997.
ALENCAR, E. Novas Contribuições da Psicologia aos Processos de Ensino e
Aprendizagem. Cortez, São Paulo, 1992.
CARRAHER, T. Sociedade e Inteligência. São Paulo: Cortez, 1989.
Pesquisa em Psicologia Social
Atividade prática de pesquisa em Psicologia Social. Processo de construção de um projeto
de pesquisa.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. São Paulo: Cortez, 2000.
QUEIROZ, M. I. P. Variações sobre a Técnica de gravador no registro da informação
viva. São Paulo: TAQ, 1991.
LÜDKE, M. e ANDRÉ, M. E. D. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São
Paulo: EPU, 1986.
MINAYO, M.C.S. Pesquisa Social. Teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes,
2000.
THIOLLENT, M. Metodologia de pesquisa-ação. São Paulo: Cortez, 1988.

Dinâmica de Grupo e Relações Humanas II
Princípios norteadores da coordenação de grupos de acordo com os pressupostos teóricos
psicossociológicos, psicanalíticos e psicodramáticos.
PICHON-RIVIÈRE, E. O processo grupal. São Paulo: Martins Fontes, 1982.

49

FONSECA, A.H.L. Grupo: fugacidade, ritmo e forma. São Paulo: Editora Agora, 1989.
PAGÈS, M. A vida afetiva dos grupos. Petropólis: Editora Vozes, 1982.
MAILHIOT, G. B. Dinâmica e Gênese dos Grupos. São Paulo: Livraria Duas Cidades,
1981.
BION, W.R. Experiências com Grupos. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1975

Psicopatologia II.
A função do diagnóstico. O campo das neuroses, das psicoses, das perversões e dos
fenômenos psicossomáticos. Nosografia e nosologia. Estudos de casos.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. CID-10. Classificação estatística
internacional de doenças e problemas relacionados à saúde. 9.ed., São Paulo: Edusp, 2003.
LANTERI-LAURA, G. Leitura das perversões. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.
MELMAN, C. A neurose obsessiva. Rio de Janeiro: Cia de Freud, 2004.
BERCHERIE, P. Os fundamentos da clínica: história e estrutura do saber psiquiátrico.
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1989.
CALLIGARIS, C. Introdução a uma clínica diferencial das psicoses. Porto Alegre: Artes
Médicas, 1989.
Psicodiagnóstico I
Estudo pormenorizado de um conjunto de testes psicológicos psicométricos e projetivos,
visando sua utilização prática. Princípios éticos da avaliação psicológica.
ANASTASI, A. Testes Psicológicos. São Paulo: Herder-EPU, 1975.
ANASTASI, A. Psicologia Diferencial. São Paulo: Herder-EPU, 1965.
FREEMAN, F. S. Teoria e Prática dos testes Psicológicos. Lisboa: Calouste Gulbekian,
1974.
VAN KOLCK,O.L. Técnicas de Exame Psicológico. Rio de Janeiro: Editora Vozes (Vol.I
e II), 1975.
MANUAIS dos vários testes psicológicos referidos no conteúdo da disciplina, publicados
por diferentes editoras, parte do acervo clínico do Centro de Psicologia Aplicada desta
Faculdade.

Psicologia Organizacional e do Trabalho I
Compreensão de organização como sistema social, técnico, ideológico; gênese das relações
de poder, dilemas e contradições no ambiente organizacional; políticas organizacionais
como instrumentos de mediação da organização; relações de trabalho e a subjetividade.
BRAVERMANN, H. Trabalho e capital Monopolista. A degradação do Trabalho no
século XX. Zahar Editores: Rio de Janeiro, 1977.
FIGUEIREDO, M.A.C. O Trabalho Alienado e o Psicólogo do Trabalho. São Paulo:
50

Edicon, 1989.
GORZ, A. Divisão Social do Trabalho e Modo de Produção Capitalista. Porto: Ed.
Escorpião, 1976.
TANNERNBAUM, A. S. Psicologia Social da Organização do Trabalho. São Paulo:
Atlas, 1973.
ZANELLI, J.C. Formação e atuação do Psicólogo Organizacional. Uma revisão da
literatura. Temas em Psicologia. v.1, n.1: 95-109, 1995.

Psicologia Escolar/ Educacional II
A Psicologia Escolar/Educacional no Brasil e no Nordeste a partir de referenciais críticos e
reflexivos que problematizam a atuação e o papel social deste campo.
CORREIA, M. E CAMPOS, H. Psicologia Escolar: história, tendências e possibilidades.
EDUFRN: Natal, R. N, 2005.
PATTO, M. Psicologia e ideologia. São Paulo: t. A. Queiroz, 1984.
ANTUNES, M. A Psicologia no Brasil-leitura histórica sobre sua constituição. São
Paulo: Unimarco/Educ, 1999.
CAMPOS, H. R. & JUCÁ, M. R. B. O Psicólogo na Escola: avaliação da formação à luz
das demandas do mercado. In: Psicologia Escolar: ética e competências na formação e
atuação profissional. Editora Alínea, 2003.
YAMAMOTO, O. H., SOUZA, I. M. S., OLIVEIRA, I. A., SILVA, L.N. M., FREIRE, M.
A. A., ROCHA, R. M., & ALVES FILHO, S. A Psicologia Escolar em Natal:
características e perspectivas. Psicologia: Ciência e Profissão, 2/3/4, 40-49, 1990.

Teorias e Técnicas Psicoterápicas I
As diversas abordagens de psicoterapia. Semelhanças e diferenças entre as técnicas
psicoterápicas. Relação terapêutica e intervenção nos vários procedimentos psicoterápicos.
CORDIOLLI, A. V. Psicoterapias: abordagens atuais. 2. ed. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998.
FIORINI, Hector. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Rio de Janeiro: Francisco Alves,
1976.
PERLS, F. Gestalt Terapia Explicada. São Paulo: Summus, 1979.
ROGERS, C. Tornar-se Pessoa. São Paulo: Martins Fontes, 1961.
SANDLER, J., DARE, C. & HOLDER, A. O Paciente e o Analista. Rio de Janeiro:
Imago, 1977.
VIEIRA FILHO, N. G. Clínica Psicossocial: Terapias, Intervenções, Questões Teóricas.
Recife: Editora Universitária, 1997.

Pesquisa em Psicologia Escolar/ Educacional
A pesquisa e a intervenção em Psicologia Escolar/Educacional. Atuação inter e
multidisciplinar.

51

CAMPOS, H. R. & JUCÁ, M. R. B. O Psicólogo na Escola: avaliação da formação à luz
das demandas do mercado. In: Psicologia Escolar: ética e competências na formação e
atuação profissional. Editora Alínea, 2003.
GUZZO, R. S. L. Psicologia Escolar: LDB e Educação Hoje. Editora Alínea, 2002.
CORREIA, M. F. B. O cenário escolar como um desafio para o psicólogo e a psicóloga: o
que se pode fazer e por onde começar? Em M. F. B. Correia. (Org.). Psicologia e Escola:
Uma Parceria Necessária. Campinas Átomo & Alínea, 2004.
CORREIA, M. F. B.; LIMA. A. P. B. E ARAÚJO, C. R. As contribuições da Psicologia
Cognitiva e a atuação do psicólogo no contexto escolar. Reflexão e Crítica. 14 (3), pp.
553-561. Porto Alegre, 2001.
TANACHI, E.; ROCHA, M. E PROENÇA, M. Psicologia e Educação: Desafios teóricospráticos. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2000.

Psicodiagnóstico II
Os diferentes tipos entrevista e suas aplicações práticas. Exercícios práticos de entrevista
nos diferentes campos de atuação.
CUNHA, J.A.; FREITAS, N.K. e RAYMUNDO, M.G.B. Psicodiagnósitico. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1986.
LODI, J. B. A Entrevista: Teoria e Prática. São Paulo: Ed. Pioneira, 1992.
BENJAMIN, A. A entrevista de ajuda. São Paulo: Martins Fontes, 2001.
BLEGER, J. Temas de Psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1993.
GARRETT, A. A Entrevista. São Paulo: Pioneira, 1981.
NAHOUM, C. A Entrevista Psicológica. Rio de Janeiro: Agir, 1978.
Psicologia Organizacional e do Trabalho II
A prática da psicologia dentro da organização; metodologia e instrumentos intervenção; a
organização como campo para pesquisa e de construção de uma prática do psicólogo.
GORZ, A. O Despotismo da fábrica e seu futuro. In: GORZ, A. (org.) Divisão Social do
Trabalho e Modo de Produção Capitalista. Porto: Publicações Escorpião, 1976.
BASTOS, A.V.B. Comprometimento no trabalho: do estado da arte a uma possível agenda
de pesquisa. Cadernos de Psicologia. v.1, n.1: 44-63, 1995.
KANAANE, R. Comportamento humano nas organizações. São Paulo: Editora Atlas,
1995.
RODRIGUES, M.V.C. Qualidade de vida no trabalho. Evolução e análise no nível
gerencial. Petrópolis: Editora Vozes, 1994.
TAMAYO, A.; BORGES-ANDRADE, J.E.; CODO, W. (Orgs) Trabalho, organização e
cultura. Coletâneas da Anpepp. São Paulo: Yangraf Gráfica e Editora Ltda., 1996.

52

Psicologia Jurídica
A conceituação de crime. A história das idéias sobre crime e criminalidade. Análise das
teorias criminológicas. A história das prisões e o universo das instituições totais. A
mudança de paradigma pela nova legislação brasileira sobre jovem com prática de delitos.
SHINE, Sidney. A espada de Salomão: A Psicologia e a disputa de guarda de filhos. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2003
GOLDENBERG, G. W. Psicologia Jurídica da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro:
Forense, 1991.
SILVA, D.M.P. Psicologia Jurídica no Processo Civil Brasileiro. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2003.
BRITO, L. M. T. (org). Temas de Psicologia Jurídica. Rio de Janeiro: Relume Dumará,
2000.
RIGONATTI, S.P. (coord). Temas em Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica. São Paulo:
Vetor, 2003.
Teorias e Técnicas Psicoterápicas II
A entrevista como técnica psicoterápica. O processo diagnóstico e encaminhamentos.
Planejamento e metas terapêuticas. Atividades práticas na clínica psicológica.
BENJAMIN, A. A Entrevista de Ajuda. São Paulo: Martins Fontes, 1983.
BRAIER, E. A. Psicoterapia Breve de Orientação Psicanalítica. São Paulo: Martins
Fontes, 1997.
FIORINI, H. Teoria e Técnica de Psicoterapias. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1976.
FIORINI, H. & PEYRÚ, G. Desenvolvimentos em Psicoterapias. Rio de Janeiro:
Francisco Alves, 1978.
GIOVACCHINI, P. L. (org.). Táticas e Técnicas Psicanalíticas: D.W.Winnicott. Porto
Alegre: Artes Médicas, 1995.

Psicologia Escolar/ Educacional e Saúde
Promoção da saúde e prevenção nas escolas e instituições educacionais. Educação,
psicologia, promoção da saúde, prevenção e cidadania.
DEL PRETTE, Z. A. P. (Org.). Psicologia Escolar, Saúde e Qualidade de Vida:
Explorando fronteiras. Campinas: Alínea, 2001.
COLL, C., PALACIOS, J. & MARCHESI, A. (Orgs). Desenvolvimento psicológico e
educação: Psicologia da Educação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.
CONTINI, M.L.J. O Psicólogo e a Promoção de Saúde na Educação. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 2001.
PUIG, M.J. Ética e valores: métodos para um ensino transversal. São Paulo: Casa do
Psicólogo, 1998.
MACHADO, A. M. Crianças de classe especial: efeitos do encontro da saúde com a
educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1994.

53

Psicologia Hospitalar
O conceito de prevenção e psico-higiene; a prática do psicólogo no contexto hospitalar e a
partir da compreensão do processo saúde-doença.
ANGERAMI-CAMON, V. A.; CHIATTONE, H. B. C.; SEBASTIANI, R. W.;
FONGARO, M. L. H.; SANTOS, C. T. S. E a psicologia entrou no hospital... São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 1996.
BAPTISTA, M. N.; DIAS, R. R. Psicologia hospitalar: teoria, aplicações e casos clínicos.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
LEITÃO, M. S. O psicólogo e o hospital. Porto Alegre: Sagra DC Luzzatto, 1993.
BLEGER, J., Psico-higiene e psicologia institucional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
DEJOURS, C. O Corpo entre biologia e psicanálise. Porto Alegre: Artes Médicas, 1988.
Estágio Específico
Trabalhos de intervenção na realidade, nas áreas específicas escolhidas pelo aluno.

EMENTÁRIO DAS DISCIPLINAS ELETIVAS5

A Teoria sócio-histórico-cultural de Vigotski
O método histórico-dialético e a concepção de sujeito vigotskiano. A lei geral do
desenvolvimento, a mediação e as funções psicológicas superiores. As relações
pensamento-linguagem-cultura.
VYGOTSKY , L. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
______. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos
superiores. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
______. O desenvolvimento psicológico na infância. São Paulo: Martins Fontes, 1988.
______. Teoria e método em psicologia. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
SAWAIA, B. A crítica ético-epistemológica da Psicologia Social pela questão do Sujeito.
Psicologia e sociedade; 10 (2): 117-136; jul./dez. 1998.
Wertsch, J, del Rio, P & Alvarez, A. Estudos sócio-culturais da mente. Porto Alegre:
Artmed. 1998.

Teoria Psicanalítica Freudiana
A criação da psicanálise. Principais conceitos da teoria psicanalítica freudiana.
5

Conforme ressaltado acima, estas disciplinas podem ser ampliadas e/ou reduzidas, de acordo com a
demanda, ou com a disponibilidade do Colegiado.

54

Freud, S., Obras Completas. Edição Standard Brasileira. Rio de Janeiro: Imago, 1974.
Garcia-Roza, L.A ., Freud e o Inconsciente. 20a ed. Rio de Janeiro: Zahar, 2002.
Laplanche, J., & Pontalis, J.-B., Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes,
1983.
Rocha, Z., Freud: Aproximações. Recife: Editora Universitária da UFPE, 1995.
Roudinesco, E., Por que a Psicanálise? Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2000.

Problemas Escolares
Abordagens dos problemas e distúrbios de aprendizagem. O fracasso escolar. Os
mecanismos de rotulação, culpabilização, marginalização e exclusão nas relações alunoescola e professor-aluno.
COLLARES, C. A. L., e MOYSÉS, M. A. Preconceitos no cotidiano escolar: ensino e
medicalização. São Paulo: Cortez, 1996.
CRUZ, V. T. Dificuldade de Aprendizagem. Porto Alegre: Porto Editora, 2001.
DROUET, R. C. Distúrbios da aprendizagem. São Paulo: Ática, 1990.
FERNANDEZ, A. A inteligência aprisionada. Porto Alegre: Artes Médicas,1994.
PAIN, S. Diagnóstico e Tratamento de Problemas de Aprendizagem. Porto Alegre:
Artes Médicas, 1997.
SCOZ, B. Psicopedagogia e realidade escolar: problema de aprendizagem. Petrópolis:
Vozes, 1994.

Psicopatologia e Trabalho
A Psicopatologia e as relações de trabalho. Condições de trabalho e estratégias defensivas.
Significação do trabalho e sofrimento. Trabalho e saúde. As políticas de saúde mental no
Brasil.
JACQUES, M. G.; CODO, W. Saúde mental & trabalho: leituras. 2.ed. Petrópolis:
Vozes, 2003.
CODO, W.; SAMPAIO, J. J. C.; HITOMI, A. H. Indivíduo, trabalho e sofrimento: uma
abordagem interdisciplinar. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 1998.
BASTIDE, R. Sociologia e psicanálise. São Paulo: Melhoramentos, 1974.
DEJOURS, C. A loucura do trabalho: estudo de psicopatologia do trabalho. 5. ed., ampl.
São Paulo: Cortez, 1992.
CHANLAT, J-F.; CHANLAT, A.; JOLY, A.; DEJOURS, C.; HASSARD, J.; SETTE
TÔRRES, O. L. O indivíduo na organização: Dimensões esquecidas. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 1993.
Psicologia e Literatura
Leitura interdisciplinar de obras literárias: contribuições da literatura à compreensão do ser
humano. Estrutura e dinâmica do sujeito psíquico nos personagens literários. Contexto

55

social e traços psicológicos: como as obras literárias abordam a influência do meio na
constituição do sujeito.
FREUD, S. O mal estar na civilização. (1930). Rio de Janeiro: Imago, 1996. (Edição
Standard das Obras Completas de Sigmund Freud, v. 21).
______.Delírios e sonhos na Gradiva de Jensen. (1907). Rio de Janeiro: Imago, 1996.
(Edição Standard das Obras Completas de Sigmund Freud, v. 9).
JUNG, C. G. O espírito na arte e na ciência. Petrópolis: Vozes, 1979. (Obras completas,
v. 15).
BACHELARD, G. A poética do espaço. 2. ed. São Paulo: Nova cultural, 1988.
VIGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

Psicologia e Religião
O conceito de religião. O conceito de religiosidade. Religião e Psicopatologia. Freud, Jung
e a experiência religiosa.
FREUD, S. O futuro de uma ilusão. (1927). Rio de Janeiro: Imago, 1996. (Edição
Standard das Obras Completas de Sigmund Freud, v. 21).
______. Moisés e o Monoteísmo. (1939). Rio de Janeiro: Imago, 1996. (Edição Standard
das Obras Completas de Sigmund Freud, v. 23).
JUNG, C. G. Psicologia da Religião Ocidental e Oriental. Petrópolis: Vozes, 1979.
(Obras completas, v. 11).
PALMER, M. Freud e Jung: sobre a religião. São Paulo: Loyola, 2001.
WONDRACEK, K. H. K. (org.). O futuro e a ilusão. Um embate com Freud sobre
Psicanálise e Religião. Petrópolis: Vozes, 2003.
Psicologia Experimental
A prática em Psicologia Experimental em laboratório e em ambiente natural.
DANNA, M. F. & MATOS, M. A. Ensinando observação. São Paulo: Edicon, 1999.
MATOS, M. A. & TOMANARI, G. Y. A análise do comportamento no laboratório
didático. São Paulo: Manole, 2002.
McGUIGAN, F. J. Psicologia Experimental – uma abordagem metodológica. São Paulo:
E.P.U., 1976.
SKINNER, B. F. Walden II. São Paulo: E.P.U., 1978.
WHALEY, D. L. & MALOTT, R. W. Princípios elementares do comportamento. São
Paulo: E.P.U., 1980.
Orientação Profissional
Métodos e técnicas de Orientação Profissional. Vocação e profissão. O processo de escolha.
Maturidade. Teorias sobre o processo vocacional.
BOCK, A M. B. et alli. A escolha profissional em questão. São Paulo: Casa do Psicólogo,
1995.

56

BOCK, S. D. Orientação profissional: A abordagem sócio-histórica. São Paulo: Cortez
2002.
BOHOSLAVSKI, R. Orientação vocacional: a estratégia clínica. São Paulo: Martins
Fontes, 2002
GIACAGLIA, L. R. A. Orientação vocacional por atividades. São Paulo: Pioneira
Thomson, 2003.
LEVENFUS, R. S. Psicodinâmica da escolha profissional. Porto Alegre: Artes Médicas,
1997

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
O TCC é uma atividade obrigatória, de caráter acadêmico/científico, a ser realizada
pelo aluno, para que possa efetivar a integralização curricular do curso. Visa alcançar os
seguintes objetivos:

- estimular a iniciação à pesquisa, facilitando o avanço do conhecimento nas
diferentes áreas da Psicologia;
- facilitar o processo de intervenção na realidade local, através de programas
extensionistas, contribuindo assim com o desenvolvimento local;
- possibilitar ao aluno a consolidação de sua formação de psicólogo.

Os temas dos projetos devem estar relacionados às ênfases curriculares do curso
e/ou às linhas de pesquisa dos núcleos. A indicação de outros temas deverá ser apreciada
pelo colegiado do curso.
O TCC será desenvolvido por meio de trabalhos teóricos ou teóricos/práticos,
devendo ser elaborado em forma de monografia e deverá ser apresentado a uma Banca
Examinadora. Deve atender às normas especificadas pelo colegiado do curso.

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ATIVIDADES COMPLEMENTARES

As atividades complementares têm como objetivo estimular a participação dos
alunos e alunas em experiências diversificadas que contribuam para a formação
profissional. Devem possuir relação direta com os objetivos do Curso e serem devidamente
comprovadas. As atividades complementares poderão ser realizadas individualmente ou em
grupo, sempre orientadas para o envolvimento do aluno de forma que contemplem, ao
longo do curso, a participação em atividades vinculadas ao ensino, à pesquisa e à extensão.
Abaixo, o quadro com as atividades complementares e seus respectivos indicadores e
critérios para avaliação. Outras atividades poderão ser agregadas ao quadro, desde que
tenham interesse acadêmico, e deverão ser submetidas à avaliação e aprovação do
Colegiado do Curso. A seguir um quadro demonstrativo da operacionalização dessas
atividades:

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Quadro II - Atividades Complementares e suas respectivas equivalências
Quadro de Atividades Complementares*
As atividades complementares têm como objetivo estimular a participação dos alunos e alunas em experiências diversificadas que contribuam para a formação profissional. Devem possuir relação
direta com os objetivos do Curso e serem devidamente comprovadas.
DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE**
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HORAS

Cursar, com aprovação, disciplinas em outros cursos, ou em outras instituições de ensino superior reconhecidas pelo MEC, relacionadas Disciplinas de 20 até 30 horas = 20 horas
aos objetivos do Curso.
Disciplinas de 31 até 60 horas = 40 horas
(máximo de 40 horas)
Participar em eventos de extensão universitária (cursos, palestras, seminários, congressos de natureza acadêmica e profissional na área) 1 h de atividade desenvolvida = 1 h de Atividade
realizados na UFAL ou em outra instituição de ensino superior reconhecida pelo MEC; ou, ainda, outros eventos que porventura venham a Complementar.
ser recomendados pela Coordenação do Curso.
(máximo de 40 horas)
10 horas cada curso
Ministrar curso de extensão relacionado aos objetivos do Curso.
(máximo de 20 horas)
10 horas cada evento
Organizar curso ou evento de extensão relacionado aos objetivos do Curso.
(máximo de 20 horas)
Participar em atividades de iniciação científica (mínimo de 300 h/anuais), realizadas na UFAL ou em outra instituição, com a devida
máximo de 60 horas ***
comprovação da coordenação do projeto.
Atuar como monitor(a) nas disciplinas do Curso de Psicologia da UFAL
de 60 -120 h = 12 h
de 121 - 300 h = 20 h
acima de 300 h = 30 h
(máximo de 40 horas)
Realizar estágio extracurricular e/ou atividades sociais, de caráter sócio-comunitário, efetuadas junto à entidade pública ou privada de 60 -150 h = 8 h
legalmente instituída.
de 151 - 300 h = 12 h
acima de 300 h = 20 h
(máximo de 20 horas)
10 h por apresentação
Apresentar trabalho em evento científico-cultural, em âmbito estadual ou regional, relacionado aos objetivos do Curso.
(máximo de 50 horas)
15 h por apresentação
Apresentar trabalho em evento científico-cultural, em âmbito nacional ou internacional, relacionado aos objetivos do Curso.
(máximo de 60 horas)
20 h por publicação
Publicar livro, capítulo de livro, como autor ou co-autor
(máximo de 60 horas)
15 h por publicação
Publicar em anais de evento científico-cultural
(máximo de 45 horas)
Publicar em revista científica com corpo editorial, na condição de autor ou co-autor.
30 h por publicação
(máximo de 90 horas)
5 h por publicação
Publicar em jornais e revistas não científicas (meio tradicional e/ou eletrônico).
(máximo de 15 horas)
10 h por premiação
Receber premiação em trabalho acadêmico.
(máximo de 20 horas)

O aluno do Curso de Psicologia da UFAL deve realizar, no mínimo, 220 horas de Atividades Complementares, devidamente comprovadas.
* Sugere-se encaminhar o aproveitamento diretamente na Secretaria da Unidade o qual será encaminhado ao Colegiado do Curso com os documentos comprobatórios, quando atingir o 7.º semestre.
** Qualquer atividade que não se inclua nessas descrições está sujeita à análise da Coordenação de Curso.
*** A comprovação da atividade contempla integralmente o número de horas previsto.

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SISTEMA DE AVALIAÇÃO

Tendo em conta as necessidades de revisão e aperfeiçoamento constantes da
presente proposta de reforma curricular, de um levantamento de critérios diagnósticos
capazes de apresentar os pontos positivos e negativos do curso, da sua estrutura curricular,
das disciplinas, dos professores e das aprendizagens dos alunos, propomos a seguir o
Sistema Integrado de Avaliação do Curso de Psicologia da UFAL. Esta designação ressalta
a importância de se compreender o processo avaliativo de uma perspectiva macro que
contemple e integre num único processo todos os instrumentos avaliativos utilizados no e
para o curso de psicologia.
Este sistema adota como princípios a avaliação processual, flexível, democrática e
valorativa, de caráter diagnóstico, assumindo desta forma seu interesse numa perspectiva de
avaliação formativa que se apóia em mecanismos de reflexão crítica, inclusiva, ética e
transformadora (SOBRINHO, 2003). Além disso, concebe o processo avaliativo como
notadamente político e com efeitos públicos, o que implica em reconhecer a não existência
de neutralidade e a vinculação de crenças sobre mundo, homem e educação em todo este
processo.
As dimensões gerais que servirão como norteadoras de todas as avaliações serão:
a cognitiva, que se refere ao conhecimento que se tem sobre determinado conteúdo ou
assunto, na qual se avalia o saber; a psicomotora, centrada no desempenho das habilidades
e que considera a aplicação do conhecimento e a relação teoria-prática, situa-se no saber
fazer; e a dimensão afetiva, que trata especificamente das atitudes e comportamentos de
cunho sócio-relacional e avalia o saber ser e conviver.
Fundamentado nestes princípios e dimensões, o Sistema Integrado de Avaliação
do Curso de Psicologia da UFAL funcionará a partir de um tripé que compreende a
estrutura do próprio curso o corpo docente e o corpo discente.
Na estrutura do curso estarão sendo avaliados a adequação dos recursos humanos
e físicos (laboratórios, salas, acervo bibliográfico, recursos de multimídia), o projeto
pedagógico e o currículo. Para tal, serão realizados Fóruns de Auto-Avaliação Anual, nos
quais docentes e discentes discutirão as problemáticas do curso e avaliarão seu
funcionamento ao longo de cada ano que corresponde a dois semestres letivos. Em caráter
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contínuo, estarão em funcionamento um Conselho de Avaliação – de caráter geral e
responsável pela organização e produção do fórum anual - e uma Comissão
Interdisciplinar, submetida ao primeiro, que se ocupará somente das questões relativas ao
projeto pedagógico e ao currículo. Ambos serão compostos por professores membros do
colegiado e representantes de turma do curso. Para elaboração dos critérios e objetivos dos
processos de avaliação deste grupo, deverão ser tomados como base os princípios e
dimensões já mencionados anteriormente.
A avaliação do corpo docente corresponderá aos seguintes critérios: adequação
formação–disciplina ministrada; didática em sala de aula; envolvimento com ensino,
pesquisa, extensão, orientação de estágio e TCC; participação nas reuniões regulares do
colegiado do curso e em eventos esporádicos de interesse do curso; participação em
congressos e publicações; cursos de aperfeiçoamento docente.
Dados os vários componentes, tal avaliação ocorrerá em dois níveis: um realizado
pelo próprio colegiado do curso, em que se discutirão a participação, as dificuldades e as
maneiras de superá-las. E outro, pelos discentes, dentro das próprias disciplinas, onde se
discutirá, ao longo das aulas, os pontos positivos e negativos da interação professor-alunoconhecimento. No final do semestre, os discentes responderão um questionário de avaliação
do desempenho do professor que deverá ser encaminhado ao colegiado do curso. Os
critérios e objetivos deste grupo de avaliações deverão ser discutidos e regulamentados pelo
colegiado do curso e devem estar coerentes com os princípios e dimensões citadas
anteriormente.
A avaliação dos estudantes adotará uma perspectiva integral e será organizada a
partir das disciplinas do semestre, ou seja, apesar de ser realizada dentro de uma disciplina
específica, deve ser pensada em função das demais disciplinas que compõem um dos
semestres letivos. Em razão desta alteração, caberá aos docentes discutir em grupos organizados por semestre - que formas de avaliação serão mais adequadas e cabíveis,
levando em consideração a organização horizontal e vertical do curso, o projeto
pedagógico, os planos de aprendizagem das disciplinas, bem como os princípios e
dimensões adotados neste documento.
Além disso, será estabelecido um sistema de tutoria discente, no qual discentes
mais adiantados da turma ou de semestres posteriores auxiliarão aqueles que apresentam

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alguma dificuldade de acompanhamento e domínio dos conhecimentos e técnicas
desenvolvidos nas disciplinas (VYGOTSKY, 2001; 1998), ressalta-se que este sistema de
tutoria deve ser acompanhado por um professor sabidamente competente nos temas em
questão.
Este tripé de avaliações, correspondente ao curso, aos docentes e aos discentes,
formará o programa de avaliação interna do curso denominado Sistema Integrado de
Avaliação do Curso de Psicologia da UFAL, o qual deverá ser utilizado em associação com
o sistema nacional de avaliação dos cursos de psicologia implantado pelo MEC.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACHCAR, R. (org.). Psicólogo brasileiro: práticas emergentes e desafios para a
formação. São Paulo: Casa do psicólogo, CFP, 1994.
ANTUNES, M. A Psicologia no Brasil-leitura histórica sobre sua constituição. São
Paulo: Unimarco/Educ, 1999.
CECCARELLI, Paulo Roberto. A psicopatologia na formação do psicólogo. Texto
apresentado na Semana da Psicologia da PUC-MG, em 10 de setembro de 2003.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLGIA. Quem é o psicólogo brasileiro. São Paulo:
Edicon, Educ, 1988.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Psicólogo brasileiro: construção de novos
espaços. Campinas: Átomo, 1992.
JAPIASSU, Hilton. Introdução à epistemologia da Psicologia. 2.ed., Rio de Janeiro:
Imago, 1977.
JAPIASSU, Hilton. Questões epistemológicas. Rio de Janeiro: Imago, 1981.
MALUF, M.R. A formação profissional do psicólogo brasileiro. Interações, 1 (1), pp. 3145, 1996.
MALUF, M.R. La psicologia en el Brasil. In: Alonso, M.M. & Eagly, A. (edit assoc.)
Psicología en las Américas. Sociedad Interamericana de Psicologia. Caracas: Litopar,
1999.
MASSIMI, M. História da Psicologia Brasileira. São Paulo: EPU, 1990.
PESSOTI, I. Notas para uma história da Psicologia Brasileira. In: Quem é o psicólogo
brasileiro. São Paulo: Edicon, Educ, 1988.
SOBRINHO, José Dias. Avaliação: políticas educacionais e reformas da educação
superior. São Paulo: Cortez, 2003.
SOIFER, Raquel. Psiquiatria infantil operativa. Psicologia evolutiva e psicopatologia.
Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu e Francisco Franke Settineri. 3.ed., Porto
Alegre: Artes Médicas, 1992.
VIGOTSKI, Lev. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo: Martins
Fontes, 2001.
VIGOTSKI, Lev. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

63