Laboratório de Investigação e Intervenção Psicossocial

Docentes:

Profa. Dra. Adélia Augusta S. de Oliveira (Coordenadora)

Profa. Dra. Heliane de Almeida Lins Leitão

Prof. Dr. Marcos Ribeiro Mesquita

Profa. Dra. Paula Orchiucci Miura

Profa. Dra. Simone Maria Hunning

Prof. Dr. Saulo Luders Fernandes

Em 2023:

1) Título da pesquisa:
REDE DE PROTEÇÃO DAS CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO ESTADO DE ALAGOAS: MAPEAMENTO, PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO DAS VIOLÊNCIAS.
 
Pesquisadoras(es) docentes: Paula Orchiucci Miura (Coordenador IP/UFAL), Adélia Augusta Souto de Oliveira (IP/UFAL),  Heliane de Almeida Lins Leitão (IP/UFAL), Angelina Nunes de Vasconcelos (IP/UFAL), Rui Alexandre Paquete Paixão (Universidade de Coimbra), Emiko Yoshikawa Egry (EEUSP), Dora Mariela Salcedo Barrientos (EACH/USP), Selma Leitão Santos (IP/UFPE), Juliano Almeida Bastos (IP/UPE), Gabriel Fortes Cavalcanti de Macêdo (Universidade Alberto Hurtado), Camille Lemos Cavalcanti Wanderley (RAVVS).
 
Pesquisadoras(es) mestrandas(os): Estefane Firmino de Oliveira Lima (PPGP/UFAL), José Nilson Nobre Filho (PPGP/UFAL), Ana Caroline dos Santos Silva (PPGP/UFAL), Amanda Coimbra César (PPGP/UFAL), Daniele Vasques de Amorim (PPGP/UFAL), Melinda Torres Barros Ferreira (PPGP/UFAL), Sofia Pacheco (PPGP/UFAL), Ana
Luiza Oliveira (PPGP/UFAL).

Pesquisadores doutorandos: Maria Laura Barros (PPGP/UFSC), Luciano Bueno (PPGSS/UFAL), Raissa Matos Ferreira (PPGE/UFAL).

Esta pesquisa inclui dois projetos:


1.1) INVESTIGAÇÃO E INTERVENÇÃO JUNTO À REDE DE ATENÇÃO ÀS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA SEXUAL DO ESTADO DE ALAGOAS
Descrição: Este projeto tem como objetivo geral, investigar e intervir junto à Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS) do estado de Alagoas. E como objetivos específicos: a) Realizar levantamento de necessidades com os profissionais da Rede de Atenção às Vítimas de Violência Sexual (RAVVS); b) Desenvolver oficinas de prevenção à violência sexual com profissionais da educação, crianças, adolescentes e suas famílias; c) Criar Observatório de Violência contra a Criança e Adolescente em Alagoas. Trata-se de uma pesquisa quantitativa e qualitativa de caráter interventivo, que será realizado em três etapas conforme os objetivos específicos. Este projeto foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa da instituição responsável. 1ª etapa: será
aplicado um questionário, de forma remota, para levantamento das necessidades dos profissionais da RAVVS, bem como realizadas oficinas de cuidados conforme demanda levantada. 2ª etapa: serão realizadas oficinas de prevenção à violência sexual com profissionais da educação, crianças, adolescentes e suas famílias nas escolas nas cidades de Marechal Deodoro e Maceió, indo ao encontro do Programa de Saúde na Escola. 3ª etapa: será realizado seminário com todos os membros da equipe para consolidação dos dados, elaboração de indicadores e refinamento para criação do observatório.

Fomento: Pesquisa Financiada pelo CNPQ e FAPEAL (Chamada CNPQ Nº 04/2021 -BOLSAS DE PRODUTIVIDADE EM PESQUISA) (PROGRAMA DE PESQUISA PARA O SUS EDITAL FAPEAL No 06/2020).
 
1.2) AS ESCOLAS NA REDE DE PROTEÇÃO A VIOLÊNCIA INFANTIL: MAPEAMENTO, PREVENÇÃO E INTERVENÇÃO

Descrição: Este projeto, aprovado no Comitê de Ética de Pesquisa, objetiva realizar o mapeamento dos serviços que trabalham diretamente no combate à violência contra crianças e adolescentes em Alagoas, desenvolver espaços de resistência e de prevenção à violência com profissionais da educação, crianças, adolescentes e suas famílias e criar o Observatório de Violência contra a Criança e Adolescente. Trata-se de uma pesquisa quanti-quali, de caráter exploratório, preventivo e interventivo, a ser realizada em três etapas, conforme os objetivos elencados. 1ª etapa: o mapeamento dos equipamentos públicos envolvidos no atendimento e acompanhamento de crianças, adolescentes e suas famílias vítimas de violência nas cidades de Marechal Deodoro e Maceió, dar-se-á por meio de recolha de informações nos sites das prefeituras; 2ª etapa: o desenvolvimento de espaços de resistências conhecerá as equipes, por meio de um questionário, em forma remota, para levantamento de informações acerca de formação, capacitação e funcionamento das escolas frente à violência infantil. A seguir, realizar-se-á oficinas de prevenção à violência em escolas, através da articulação conceitual e de vivência,
abarcando os níveis cognitivo, emocional e de comunicação, com o desenvolvimento de estratégias coletivas de seu enfrentamento. 3ª etapa: criação do Observatório, por meio da realização de Seminários Integrativos com todos os membros da equipe para consolidação dos dados, elaboração de indicadores e refinamento a serem divulgados.

Fomento: Pesquisa financiada (Chamada CNPq/MCTI/FNDCT Nº 18/2021 - Edital Universal).

Projeto:

2. Título: A vida universitária e suas vicissitudes: o que dizem os estudantes.

Pesquisadoras:
Heliane de Almeida Lins Leitão (Docente IP), Carine Valéria Mendes dos Santos(Docente IP), Lucélia Maria Lima da Silva Gomes (Psicóloga PROEST/SPA-IP), Kyssia Marcelle Calheiros Santos (Psicóloga SPA-IP), Maria Eduarda de Almeida Siqueira (estudante de Psicologia, PIBIC), Naely dos Santos Justino (estudante de Psicologia, PIBIC).

Objetivos:
Investigar processos psicossociais e culturais envolvidos no desenvolvimento e constituição subjetiva de crianças, adolescentes e jovens no contexto da interdisciplinaridade. Destacam-se o protagonismo dos/as participantes e a metodologia de pesquisa-intervenção. 

Descrição: Este projeto objetiva conhecer e analisar a experiência de estudantes universitários/as. Considerando-se que a vida estudantil universitária é marcada por importantes transformações subjetivas, incluindo dimensões afetivas, cognitivas e sociais, busca-se compreender as vivências dos/as estudantes, investigando suas necessidades, demandas, dificuldades e possibilidades. Justifica-se pela relevância de conhecer a experiência dos/as estudantes, aprimorando possibilidades de oferecer atenção e cuidado aos/às universitários/as, tendo em vista crescente evidência de dificuldades emocionais e sofrimento psíquico nessa população.

Uso do espaço físico do laboratório:
O uso do espaço físico do laboratório está previsto para atividade de pesquisa-intervenção junto a estudantes do curso de Psicologia durante o ano letivo 2023, vinculado a projeto PIBIC. 

3. Projeto: TERRITORIALIDADES URBANAS, RACISMO E PESQUISA NA PSICOLOGIA SOCIAL (bolsa PQ CNPq)

Pesquisadoras/es: Simone Maria Hüning (coordenadora); Aline Kelly da Silva, Anita Bernardes, Neuza Guareschi, Elis Jayane dos Santos Silva, Alison Santos da Rocha, Yasmini Maciane da Silva, Larissa Firmino
 
Descrição: Esta proposta busca possíveis respostas para a questão sobre como produzir uma psicologia social antirracista, nos estudos das biopolíticas e necropolíticas urbanas. Tem como objetivo geral discutir e elaborar estratégias teórico-metodológicas contra coloniais e antirracistas na pesquisa sobre territorialidades urbanas na psicologia social. Como objetivos específicos propõe: a) produzir e discutir a utilização de imagens e
narrativas como possibilidade teórico-metodológica para uma psicologia social antirracista, em pesquisas no/sobre o cotidiano urbano; b) problematizar e tensionar o cotidiano urbano e a distribuição dos corpos na cidade, a partir da produção de narrativas e imagens críticas; c) analisar estratégias biopolíticas e necropolíticas em territórios urbanos da capital alagoana. A metodologia inspira-se nas derivas situacionistas e inicia pelo caminhar pela cidade, dando atenção à experiência de corpos racialmente marcados que transitam nos territórios onde se produz a pesquisa, pelo contato direto com as materialidades, afetos e experiências produzidas no cenário urbano. Espera-se produzir análises do cotidiano urbano da capital alagoana, desde a psicologia social, que considerem a dinâmica do racismo estrutural nas formas de organização e subjetivação. Simultaneamente, pretende-se produzir e problematizar estratégias de produção de pesquisa nos territórios urbanos que considerem a subjetividade e a corporeidade de pesquisadores(as) e seus(suas) interlocutores(as), contribuindo para a construção de um aporte teórico-metodológico antirracista na psicologia social..
 
Parcerias: Projeto “Corpo, cidade, hospitalidade: articulações tecno-políticas”, Edital CAPES/COOPBRASS Nº 05/2019, Universidad Santiago de Chile, UCDB, University of Birmingham e University of Bristol

4. Projeto: Música, negritude e política: arte e resistência na produção musical de
cantoras negras

Pesquisadoras/es: Marcos Ribeiro Mesquita (coordenador); Aline Cecilio da Silva, Milena da Silva Medeiros, Naricla Mariana dos Santos Batista, Áurea Cristinne da Silva Gomes, Cauê Assis de Moura, Erick Santos da Silva.


Descrição: Nas últimas décadas as lutas pela igualdade racial têm conquistado uma série de avanços que se dão tanto pela implementação de políticas públicas, pela postulação do debate acadêmico e político sobre o tema, cada vez mais cotidianizado; pela afirmação identitária que se expressa cada vez mais fortemente no âmbito da cultura, e ainda pela construção de um pensamento social que posiciona a questão racial como um
elemento que estrutura a sociedade. Todas essas conquistas fortalecem sobremaneira a luta antirracista em diferentes espaços sociais. Na atualidade, assistimos uma série de coletivos de artistas que trazem para o campo da cultura, suas vozes, lutas, narrativas negras. O fazem também se apropriando das novas tecnologias que tem subsidiado e potencializado suas formas de expressão. É nesse contexto que percebemos a emergência de uma série de cantoras/es negras/os que trazem para o cenário artístico e musical, narrativas sobre a negritude: a denúncia das desigualdades, a força da resistência e o fortalecimento de uma perspectiva que não cansa em erguer a voz. Trazem também para o cenário musical questões como gênero, sexualidade, classe social, corpo, politica, etc. Neste projeto, ensejamos discutir expressões da música negra contemporânea que tem se destacado tanto através do rap, do samba ou da mpb, e que a partir de sua sonoridade, rítmica e letra, compartilham narrativas sobre o mundo e sobre a negritude, produzida por negras e negros. Este trabalho objetiva compreender como a discussão racial protagonizada por mulheres negras, na música brasileira, corrobora com a construção de narrativas plurais e contra-hegemônicas que compõem e disputam o
significado de ser negra/o na atualidade. Assim, analisaremos as obras audiovisuais de 4 cantoras negras, procurando, com suas perspectivas apresentadas nas musicas, conexões que interligam os objetivos da pesquisa, falas sobre negritude, interssecionalidade, representatividade entre outros relatos pessoais da vivencia do preconceito na sociedade brasileira. As cantoras escolhidas são Bixarte, Jup do Bairro, Doralyce e Luedji Luna.
Elas integram a mais recente expressão da música popular brasileira em sua pluralidade de vertentes. A escolha destas cantoras se deu em função tanto da representatividade que carregam, quanto do teor de suas músicas. Para esta pesquisa foram escolhidas para a análise as seguintes obras: Revolução, Faces e o single Travesti no comando da nação de Bixarte; Corpo sem juízo e o single Sinfonia do corpo de Jup do Bairro; Canto da
revolução, Pílula livre e o single Vamos derrubar o governo, de Doralyce; e Um corpo no mundo e Bom mesmo é estar debaixo d?água de Luedji Luna. Orientaremos nossa investigação a partir do uso teórico-político do conceito de interseccionalidade para compreender de que forma os diferentes marcadores sociais presentes nas narrativas presentes na produção musical destas quatro cantoras, produzem efeitos nas suas experiências de vida. Para a análise, serão trabalhadas questões relativas aos objetivos estabelecidos, bem como outros elementos que possam surgir durante o processo.  
 
Fomento: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas - Auxílio financeiro.

5. Projeto: Ciência e negacionismo científico: Usos sociais do discurso médico na epidemia de SARS-CoV-2 no Brasil (PIBIC)

Pesquisadores: Rodrigo Barros Gewher (IP/UFAL); Luana Rayara Vieira de Sousa (graduanda); Matheus Ruffo Nascimento (graduando); Carliane Maria da Silva Batista (graduanda)

Objetivo: Compreender os processos de negação da ciência tendo por modelo os usos sociais do discurso médico no enfrentamento aos SARS-CoV-2 no Brasil.

6. ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS DE SAÚDE MENTAL DE POVOS TRADICIONAIS DO NORDESTE BRASILEIRO

 DESCRIÇÃO

No cenário acadêmico atual há uma predominância de estudos realizados sobre a saúde mental voltado aos grandes centros urbanos abarcando a população que frequenta os serviços substitutivos ou o aparato hospitalar. Há uma carência de investigações voltadas às populações rurais, especialmente de povos indígenas do nordeste brasileiro, no que diz respeito à prevalência de transtornos mentais. Este estudo busca investigar processos de saúde-doença no contexto de territórios indígenas, no tocante as práticas cotidianas de saúde mental produzidas pelos povos indígenas e suas relações com a rede da política de saúde presentes nos seus territórios. A presente pesquisa define-se por uma pesquisa qualitativa descritiva, com fins de compreender os itinerários terapêuticos de saúde mental de territórios tradicionais do agreste nordestino, junto aos itinerários o estudo objetiva identificar o acesso dos moradores de aldeias indígenas e comunidades quilombolas  quanto a política de atenção básica e psicossocial nos cuidados à saúde mental. Serão investigadas territórios indígenas e quilombolas que se localizam no semiárido nordestino, especificamente na região agreste. Serão incluídas como população participante deste estudo os moradores do sexo masculino e feminino residentes nos territórios elencados com idade acima de 18 anos, que aceitem participar da pesquisa e que já apresentaram, ou cuidaram de pessoas com transtornos mentais, bem como, pessoas reconhecidas como mestre de cuidados tradicionais, com quem realizaremos entrevistas em profundidade, obervações cotidianas das referidas práticas de cuidados à saúde mental e caminhadas pelo território. As análises serão realizadas por meio da análise temática das narrativas produzidas no percurso da pesquisa e com auxílio dos registros das observações, caminhadas e diários de campo. A partir dos resultados, esperamos contribuir com um panorama avaliativo do acesso dos povos tradicionais a rede de atenção à saúde mental, bem como,  compreender as práticas de cuidado à saúde mental presentes no dia a dia dos territórios na possibilidade da promoção de diálogos interculturais em saúde no nordeste brasileiro.

Palavras-chaves: Povos Tradicionais, Saúde Mental, Itinerários Terapêuticos.